sábado, 11 de outubro de 2008

Não pode ser terreno

O argumento mais cretino que ouvi até hoje para criticar qualquer comentário é acusar o seu autor de ter procurado informar-se numa enciclopédia, numa biblioteca ou, o que cada vez vem sendo mais comum, na Internet.
Repetidamente, este argumento vem sendo usado como se fosse uma arma letal contra os inimigos de opinião, e talvez não só, ao mesmo tempo que não ousam levantar a voz para aqueles que repetidamente copiam e colam aqui artigos alheios sem mencionarem a origem.
Uma autêntica vergonha.

Cada um de nós, para além de um determinado mas reduzido conhecimento pré natal, é aquilo que vai assimilando ao longo da sua existência, vendo, ouvindo, lendo… sentindo.
A aprendizagem só termina por incapacidades extremas do foro neurológico e com a morte.
Parece haver agora uma excepção.
Um ser que nasceu possuidor de todo o conhecimento.
Não usa dicionários, não vai a bibliotecas, não compra livros, não vai ao cinema nem ao teatro, nem a uma exposição de pintura, não ouve música, não consulta a net.
Todas as suas opiniões todos os seus ditos são originais. Excepto quando conta anedotas mais velhas que Judas a aliviar-se no deserto.
Já trazia todo o conhecimento à nascença.
Ainda a cabeça assomava para a vida já vinha completo.
Completo, todo pronto… concluído.
Sim, este ser maquinal, tem o direito de criticar todos os consultores.
Ele não consulta.
É um ás.
Matinha

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