sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Parásitas

Quando ouvi falar em parasitas fiz 65 flique-flaques à retaguarda e fiquei com a cabeça nas mãos da minha mãezinha que cuidadosamente me vasculhava o “cabelame à procura de piolho. Passar revista semanal ao toutiço das crias era operação fundamental das progenitoras. Caso contrário os malandros dos piolhos iam às piolhas e logo a seguir um mar de incontroláveis lêndeas tomava conta da área.
Creio mesmo que o tique de coçar a cabeça quando estamos a resolver um problema difícil, é um gesto automático que ficou gravado na génese humana desde o tempo dos piolhos, que dizem ser tão antigos como as baratas. Foram encontrados em múmias com milhares de anos tanto no Egipto como no Peru pré-colombiano.
Quem é que hoje não desata a coçar o toutiço quando tem que resolver uma conta de dividir por quatro algarismos com vírgulas?
Isto acontecia pr’aí nos anos 40, que foi o apogeu da piolhosa civilização.
Entretanto inventou-se o DDT, desparasitante que servia para tudo tal como a banha de cobra que até dava cabo de lombrigas e bichas-solitárias.
- Tá sossegado com a cabeça! Olha que levas uma palmada! – dizia a minha velhota.
E as pulgas? Ena pai, que coceira. Só de falar nelas já estou cheio de fernicoques.
Estou convencido que se não fosse o tal de DDT o pulguedo tinha tomado conta do mundo e os humanos seriam os seus parasitas, que elas, as pulgas, combateriam com 605 forte.
Por falar em pulgas, não resisto:

Uma pulga estava na praia a tomar banho de sol quando chegou uma amiga. Vinha com um aspecto horrível, branca como a cal da parede e a tremer com frio.
- Eh pá, que te aconteceu?
- Olha, apeteceu-me vir tomar um banhinho de sol e apanhei boleia no bigode de um motociclista. O tipo veio a 180 à hora e eu quase que morria gelada.
- Devias fazer como eu. Escondes-te numa casa de banho e quando aparecer uma garota enfias-te na sua calcinha. Viajas fofinha e quentinha.
Passada uma semana voltaram a encontra-se no mesmo local.
- Mas que mau aspecto que trazes. Estás horrível. Então não fizeste o que te disse?
- Fiz tal e qual como me ensinaste. Vinha tão bem instalada que até adormeci.
- Mas então o que te aconteceu?
- Não sei. Quando acordei já vinha outra vez a 180 no bigode do motociclista.

Este mote parasitário, vai dar pano para mangas. Hei-de voltar ao tema.
A,M,







2 comentários:

mulher lua disse...

E aqui vai outra:

Depois da sessão da meia-noite, à porta do antigo cinema Águia D'Ouro, diz uma pulga para a outra:

- Oube lá, tou cum sono do carago. Acho que bou de táxi.

Responde-lhe a outra:

- Tou tesa, bou antes de cão.

Veijios

mulher lua disse...

Durindana, o link para o luar está mal. Por acaso experimentei e deu erro... ah ah ah

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