Gente paga principescamente com a
finalidade de gerir e direcionar as finanças internacionais de modo a manter “os
escravos” mais ou menos alimentados, saudáveis e conformados enquanto
direcionam as mais-valias para os seus fundos pessoais.
Sendo verdade que o senhor Nogueira
Leite, recebe anualmente 189.000 euros da CGD onde é vogal, mais 35.000 da EDP
e 64.000 da Brisa, perfazendo aproximadamente a quantia 280 mil euros, ainda
fica aquém dos 380 mil pagos a Christine Lagarde (323 mil mais 58 mil para as
despesas).
Fiquei a saber há relativamente pouco
tempo que esta senhora como pivot importante do circuito financeiro mundial, na
qualidade de funcionária internacional beneficia de um estatuto fiscal
específico que a isenta de impostos.
No patamar nacional, Nogueira Leite, sente-se
ludibriado e já ameaçou que se em 2013 lhe tirarem metade do que ganha em
impostos, pisga-se para outro lado. Estará a pensar num emprego internacional
com isenção de impostos? Ou estará a pensar em viver no Dubai vivendo dos
rendimentos acumulados?
Pensando num trabalhador que ganha 500
euros por mês, bastar-lhe-ia trabalhar 1 ano com o ordenado de Nogueira Leite
para viver 40 anos sem trabalhar a viver com os 500 euros mensais. É só fazer a
conta, como diria o “picareta” falante.
Eis que desce a Moral à Terra para
pedir satisfações a Lagarde por ter acusado os gregos de não pagarem os seus
impostos e de caminho ajusta também contas com Nogueira por ter andado nos
media durante meses defendendo o corte de salários e o aumento de impostos e
agora ameaçar fugir para a estranja.
Pois que vá! E vá arranjando
instalações condignas para os oficiais de bordo e respetivo comandante, que não
tardarão a seguir-lhe o exemplo.
Dizia a minha avó, que era Ribatejana,
quando ia à praça e achava o carapau muito caro: “Vão mas é roubar para o
Pinhal da Azambuja”
Creio que na Extremadura dirão: Vão
mas é roubar para o Pinhal de Leiria.
Nesse tempo os assaltos eram
praticados nos caminhos desertos e sombrios, mas a evolução das técnicas e dos
costumes refinou os processos e hoje somos atacados por decretos mesmo quando
estamos a dormir ou na casa de banho a fazer a barba.
A esferográfica é a arma dos legisladores.
A mesma arma, na minha mão, só serve
para assinar o cheque que paga os impostos.
6 comentários:
Por cá diz-se, muito simplesmente, "vai roubar p'rá estrada". Não me ocorre o que se diz nas bandas do Zé do Telhado, que era assim uma espécie de Otelo do seu tempo, mas sem bigamias assumidas, antes colhendo o que os ventos da serra lhe traziam...
Mudando de assunto (ou talvez não), vou começar a enviar aos meus amigos umas graçolas sobre membros do actual executivo. É que as que versam os do anterior irritam as mucosas de alguns estômagos mais delicados.
Quanto a mim, como deve saber, a corrupção mina-me o juízo, faz-me acelerar a bomba, que coitada dela, já fibrilha por todos os lados. Mas quando oiço um tipo a espremer honestidade por todos os poros enquanto se vai abotoando com dinheiros públicos, então, nessa altura, fico a pontos de morrer de apoplexia. O lado donde sopra o vento não altera o julgamento.
Mande lá as graçolas. Podem ser antigas que não me incomoda, todavia acho que as mais recentes, por isso mesmo, serão mais apreciadas. Vamos lá ver se eu consigo retribuir. Abraço.
Ut in cavea certant pulli gallinacii / esce causa, quibus cras est decretum mori, / sic propter imperium contendunt homines, / quod quam diu tenere debeant nesciunt. Pio II, in Criside
Faça o favor de me traduzir esse latinório que gostaria de ter aprendido mas não tive oportunidade. Assim não vale!
Eu também não aprendi (quase nada).
Mas é assim: "Por acaso nunca vistes brigarem no galinheiro por um pedaço de comida os frangos / aos quais já decidistes tocer o pescoço no dia seguinte? / Assim também os homens brigam entre si pelo poder, / e nem mesmo sabem por quanto tempo poderão conservá-lo.
[Papa Pio II, 1405-1464]
O neoliberalismo com o climax da obscenidade. E pior que tudo, acham normal tudo isto!
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