quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vejo e não acredito!

Segundo consta São Tomé não acreditou na ressurreição de Cristo até que o viu vivinho da costa. Logo a seguir foi apelidado de São Tomé, o crente.
Eu sou um pouco como São Tomé, preciso de ver para crer, embora saiba que nós vemos através dos olhos e as imagens são contruidas na cachola, facto que poderia ser
testemunhado por quem já sofreu a tortura pelo sono – três dias sem dormir e a gente vê tudo e mais alguma coisa.
Bem, isto vem a propósito, da vacina para os velhos com mais de 65 anos que este ano, graças à bondade do governo vão ser à borliú!
Logo que ouvi a notícia, em vez de ficar aos saltos de contente, dei em magicar que carga de água tinha levado este governo a este ato de benevolência, quando nos tem roubado salários e pensões com o argumento de que temos de reduzir o défice externo, interno e até o galáctico.
Comentando este facto com o Jorge cujo café fica mesmo ao lado da farmácia fiquei a saber que o ano passado sobraram milhões de vacinas dado que foram importadas mais vacinas do que aquelas que foram vendidas, dado que muitos velhotes, preferiram gastar o dinheiro da vacina num pão de centeio, numa bica e num pastel de nata. Estava ele a insinuar, o magano, que a benesse do governo se devia à descarga do estoque de vacinas do ano passado, que como todos sabemos ocupa um espaço que também custa dinheiro.
Segundo me informei, junto de um técnico do ramo, a duração das vacinas é de um ano dado ser o tempo de mutação do vírus, pelo que se não fazem bem também não fazem mal, antes pelo contrário, como se costuma dizer.
Contra minha vontade, pois nesse dia tinha resolvido pensar apenas que não devia pensar em nada, dei em congeminar sobre este assunto. Vejam lá que até admiti que pudesse ter sido sugerido ao Passos Coelho, por algum daqueles conselheiros que lhe foram impostos pelos amigos do peito, que era uma boa altura para inocular 605 forte ou droga similar nas vacinas da gripe para dar cabo dos velhos com mais de 65 anos.
Assim, decidi ficar para o fim e esperar para ver… se os apressados não começavam a cair que nem tordos. Em alternativa, se tiver ainda algum dinheiro disponível vou comprar a vacina na farmácia, que não tendo sido avisada da gratuitidade do Governo já as adquiriu nalgum laboratório. Talvez, dada a concorrência desleal, até façam promoções, como no Pingo Doce.
Vale mais prevenir do que remediar.
A.M.

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