Os
empresários ou alguém por eles criticaram algumas medidas que o governo tomou
com a finalidade de diminuir o défice que acabaram por resultar num acréscimo
do mesmo.
Falo do aumento das portagens que fez fugir os automobilistas para
estradas nacionais gerando receitas inferiores às que existiam antes dos novos
preços e do aumento do IVA que levou à redução do consumo, furando
drasticamente as perspetivas da governação. Falo de todas as medidas que foram
tomadas para resolver o problema das nossas finanças e da nossa balança de
pagamentos e resultaram em autênticos falhanços como se o governo não possuísse
uma plêiade de consultadorias a quem paga bom dinheiro para mandar fazer estudo
do impacto das medidas que tem parido para satisfazer a voracidade da Troica,
monstro que só deixará de beber-nos o sangue, quando já não for rentável sugar-nos
a última pinga, tal como qualquer mina ou poço de petróleo quando deixa de ser
rentável a sua exploração.
Pois bem,
rejeitada que foi a TSU e discutidos outros métodos que equivalessem à
arrecadação da mesma quantia, que seria de 2 mil e tal milhões e foi parar a
quatro mil, segundo os cálculos do governo, resta saber, se tal como antes,
aplicadas que sejam as medidas de austeridade anunciadas, a receita para os
cofres do estado corresponderá à espectativa da quadrilha de governantes que
elegemos para nos salvar do caos.Uma das medidas propostas pela CIP, na celebérrima reunião do governo com os parceiros sociais, foi a do aumento do tabaco em 30% para permitir a redução da TSU que cabe às empresas em cerca de 7% com o argumento de que o governo iria arrecadar cerca de 500 milhões.
Li algures que o imposto sobre o tabaco (IT) rendeu cerca de 1 milhão e 300 mil euros em 2011. Dum aumento de 30% resultariam mais 390 milhões para o estado e não 500 como tem referido a CIP. Mas, o mais importante é não considerarem uma série de comportamentos subsequentes ao aumento do IT.
1 – Número
de pessoas que deixa de fumar
2 – Número de
pessoas que passa a fumar de forma racionada3 – Número de pessoas que passa a comprar tabaco em Espanha
4 – Aumento do contrabando de tabaco
5 – Aumento do número de pessoal para fiscalizar a entrada do produto.
Etc.
Resumindo, e
para terminar pois tenho que ir fazer uma sopinha de aipo e cenoura para o
jantar, quem quer apostar que no próximo ano o IT será menor que em 2011?
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