quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ainda o supersónico curso de Miguel Relvas


Como já se esperava a Procuradoria-Geral da República arquivou a averiguação preventiva ao modo como Relvas obteve a licenciatura na Universidade Lusófona, em Lisboa.
Pelas justificações que o próprio apresentou na altura todo o processo seria legal.
Tinha razão. Existe legislação que permite a um maduro bem apoiado frequentar duas ou três cadeiras durante um ano letivo, sair triunfante pela porta grande, com um canudo na mão.
Para trás ficaram 32 cadeiras por frequentar porque alguém “entendeu” que o aluno de ocasião tinha absorvido toda a matéria e só precisava de alguns retoques em quatro cadeiras.
Talvez, por vaidade, nesse dia foi jantar ao Gambrinos, não se esquecendo, como é óbvio, de convidar o lente que assinou a papelada. Nessa noite, mesmo na fase de sono mais profundo, não conseguiu desafivelar a careta em que a comissura dos lábios se arreganha para cima e que normalmente apresenta perante as Cãmaras de televisão. Sempre muito sorridente e bem disposto!

Tudo bem, não foram encontrados ilícios criminais, portanto toca de arquivar o processo.
Tudo conforme… como manda a sapatilha!
E agora? Arquivado que foi este processo, fica tudo na mesma?

Não se justificaria legislar eliminando definitivamente crivos camuflados por onde outros Relvas possam passar no futuro?
Claro que não! É imperioso que as leis contenham uma pequena abertura, que explorada por quem as elabora de moto próprio ou por encomenda, possa alcançar lugares de poder que nem uma “Beautiful mind” consegue por muito que se esforce.

Por isso, a populaça a que se refere o valente polido, estará eternamente sujeita a sofrer na pele e na carne os malefícios de decisões e determinações decretadas por “stupid minds”.
É o nosso fado!

PS - Por onde terá entrado o diploma de Relvas?

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