![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb0ffc4B8wXFurl_kr80ZslvwkzshhBeWc7Jopl8qI3gF-fyHCRukQt7FEg4ZNEGtVfxWiCqcA0FR3gyleW2orpneJEzD4CL4z0jrNR1SGjD_P97ymz9KisHZp-mohuoCYM6jn5daP4zPB/s320/28_MVB_cult_sapo8.jpg)
Isto é, se dois ou três ateus se entretiverem em amena cavaqueira a blasfémia não entrou. Também é muito difícil que ela surja entre praticantes da mesma religião. O problema coloca-se quando invadimos as religiosidades alheias menosprezando as suas crenças e as suas divindades.
Como ateu devo ter blasfemado “à séria” em muitas circunstâncias da vida. Tenho contudo o cuidado de arrear as velas assim que me apercebo do incómodo do interlocutor.
Recordo que deixei de fazer relatos das minhas conversas com o Gualdim Pais embora as tenha psicografadas num caderno que comprei para o efeito. Não são publicáveis porque só dão para fazer um livro de 99 páginas. Logo que tenha oportunidade de revisitar o Castelo do Almourol vou tentar mais uma entrevista com o Gualdim para atingir as 150. Parei com essas revelações porque me apercebi que estava a incomodar um amigo que desbravava o Allan Kardec e citava frequentemente o Xico Xavier.
Os extraterrestres, por exemplo, mais alguém me ouviu falar neles? Alguma vez eu ia negar que eles “andem” por aí sobrevoando cidades e vilas para vigiar o nosso comportamento?
Se houve uma onda de indignação do mundo muçulmano por causa das caricaturas de Maomé é absolutamente normal que o mundo católico seja invadido por uma onda de repulsão a propósito do “sapo crucificado”.
Se o Papa vem exigir que a escultura seja retirada da exposição em que se encontra,
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podemos concluir que os comentários dos líderes religiosos muçulmanos não eram assim tão despropositados ou tão fundamentalistas.
Do mesmo modo, gostava de ouvir agora uma opinião sobre a ameaça à liberdade de imprensa que muitos comentadores admitiram naquela altura.
Quando se trata de elaborar regras de conduta e as respectivas leis que as enquadrem e defendam é obrigatório que sejam universais,
Ou então isto é tudo uma grande cegada, é o salve-se quem puder, é o “cada um ao seu e todos ao mesmo”.
A.M.
P.S. - "À séria" é uma locução (suponho que seja isso) muito em voga entre gente fina da nossa sociedade. Não gosto dela, "prontos", não gosto. Todavia tenho que me treinar não vá a Lili Caneças convidar-me para uma vernissage e apanhar-me desactualizado.
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