Esta coisa de ficar aqui agarrado ao teclado ao despique com um fantasma que só a mim parece atormentar, não tem cabimento.
A minha grande desvantagem parece ser a grande preocupação que começo a ter de repetir demasiadas vezes a mesma coisa.
Sei muito bem o que isso significa. Claro que a senilidade não acontece só aos velhos, também existe a precoce, a qual, nem os comprimidos amarelos, que tomo todas as noites, conseguiriam atenuar. Estes tipos de maleita são irreversíveis e ás vezes fulminantes.
Sempre preocupado, quando converso com os meus amigos, avanço sempre com o bordão – não sei se já vos contei esta – esperançado que nenhum, mais pragmático, me desarme com um – acabaste de contar isso há cinco minutos.
A gente deve ir-se medindo, isto é, avaliando as nossas capacidades. Só deste modo evitaremos a grande surpresa de acordarmos um dia, talvez numa manhã de inverno, velhos.
Assim decidi mudar de táctica. A velha teoria de que “se não os podes vencer junta-te a eles” começou a germinar no interior da careca. E se eu o convidasse para uma partida de bilhar?
Não me lembro muito bem, mas tenho uma vaga ideia de que já houve aqui alguém que me desafiou para uma partida. Se for o caso, fica também, desde já, convidado. Até calhava bem, eu emparceirava com ele e o Tadeu com a ucraniana.
Nesta altura do campeonato ainda não consegui ganhar uma única partida às três tabelas com esta bela ucraniana. Não existe nenhum artigo no regulamento que a obrigue a estar vestida e um gajo não é de pau, mesmo que com algum caruncho. Ainda se fosse bilhar livre…!
Resumindo, convido o Tadeu e o parceiro que me desafiou e já não me lembro quem foi (embora desconfie), para uma “parceirada” nos moldes que proponho em cima.
Talvez o Tadeu se distraia com a ucraniana e nos deixe em paz.
Se não se distrair eu desconfio.
A.M.
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