segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vale tudo, até mesmo tirar olhos

Ele é Cuba para cima, Fidel para baixo, o Irão não sei quantos, a Coreia do Norte também, e o Putin, e o Sócrates, e o Zapatero, e o Chávez, e o Morales e mais não sei quantos comunistas, socialistas e até mesmo alguns sociais-democratas apanhados na leva do anti-americanismo – tudo para o saco.
A minha pituitária ainda não completamente “esquelerosada” detecta um ligeiro cheiro a mofo.
Será manobra de diversão do tipo “olha o passarinho”?
Se é, não chega!
De modo nenhum o silêncio que se faz sobre determinados factos pode ser tomado como indicador do seu desconhecimento ou da sua própria irrelevância.

Para não ir cavar em 1917 podia falar por exemplo de Alberto Gonzalez, recordista dos cartões de crédito roubados (134 milhões) de que hoje mesmo se dá notícia. É um cidadão americano de ascendência cubana. Quando foi detido pela primeira vez não foi acusado em troca da colaboração com os serviços secretos na identificação de outros criminosos. Se por acaso alguém julga (como já aqui li) que a ascendência influencia o carácter das pessoas talvez seja interessante frisar que o pai fugiu de Cuba numa jangada.

Mas onde eu queria chegar era à petição que circula na Internet apelando a um boicote à loja IKEA devido a uma notícia publicada na imprensa sueca “sugerindo” que o exército israelita matou palestinianos para lhes roubar os órgãos.
O jornalista, Donald Bostrom, é um profissional autónomo, que rapidamente será desacreditado. Pessoalmente preferia que fosse desacreditado em tribunal, sim porque um tipo que levanta uma acusação destas, só poder ser condenado e preso.
A não ser que prefiram limpar-lhe o sarampo pela calada da noite.

Queria chegar aqui, como disse, mas apenas para servir de trampolim para aterrar em Nova Jérsia onde há pouco tempo foi desmantelada uma associação criminosa acusada de corrupção e branqueamento de capitais. Foram presos 44 políticos acusados de receberem financiamentos ilegais e de aceitarem subornos.
Acontece que no meio deste enorme escândalo também foram presos alguns rabinos que além de lavagem de dinheiro e venda de bens falsificados, também se dedicavam ao tráfico de órgãos humanos.

Que a China é acusada de ter o mais alto índice de penas de morte com o intuito premeditado de usar os órgãos humanos já toda a gente sabia, embora não perceba muito bem como é que se sabe tanto de um país fechado ao mundo e com uma censura tão feroz.
Por vezes torna-se bem mais difícil conhecer as poucas-vergonhas que se passam no país “mais democrático” do mundo, onde na defesa da segurança nacional, só passados 25 anos são dadas a conhecer.
Do mal, o menos.
A.M.

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