sábado, 2 de janeiro de 2010

A.M. Poesia de cordel

Peço desculpa ao Figas, Luarafricano, Estilista, Omito e aos demais poetas encartados deste Blogue, pela incursão numa área que a minha insensibilidade poética me devia impedir.

Mas caramba, uma incursãozinha no septissílabo ninguém me vai levar a mal. Ou vai?

Falaste das leituras da Maitê?
Deste o mote.
Ora toma!

*******
Quando estava deprimida
Descontente e ansiosa
Foi tomar um comprimido.
Pôs-se a ler o Regicida
Mas desgostou-se da prosa.
Veio de lá o Camilo
Com seu bigode assanhado:
Julgas que a prosa é ao quilo?
Vai mas é p’ra outro lado!

Veio Bocage a seguir
Trazia um livro na mão:
Não te quero confundir
Nem provocar decepção
Mas gostava de te ler
Dum soneto esta parte
Que te vai enlouquecer
Ou provocar um enfarte.

E leu:

Arreitada donzela em fofo leito
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras sutis pachacho estreito.

Quem quiser que dê seguimento…
A.M.

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