sábado, 23 de janeiro de 2010

Sobre a precariedade

Nota prévia: Olá zedasiscas, continuo aqui a conversa a sobre este tema, iniciada no Blogue de AlvesPimenta com uma finalidade - não ser imediatamente empurrado para fora do painel dos comentários, como já aconteceu hoje mais do que uma vez pelos motivos que conhecemos.

Todavia a sua frase sugeriu-me algumas considerações que não consegui suster, feitas de forma propositadamente exagerada, no estilo que já conhece e esperando que não me leve a mal.

De qualquer modo, creio que o sentido não é assim tão fantasioso.
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Então é uma fatalidade!

Assim a modos como: não gosto de morrer mas lá terá que ser.

Mas mesmo neste caso, em que parece não existir maior fatalidade do que a morte, o Homem luta por adiá-la. Trabalha afanosamente para curar as doenças, recomenda dietas especiais, comportamentos adequados, processos variados que têm contribuído para adiar a visita da Parca. E na verdade tem-no conseguido como fica demonstrado pelo aumento da esperança média de vida nos países civilizados e até nos outros.

A precariedade parece definitivamente inevitável.

Caminha-se no sentido CCW.

Um dia atingido o Zénite da precariedade, iniciar-se-á um novo ciclo no relacionamento patrão/empregado, que foi onde tudo começou, desde que existe memória.

O senhor, precisando de empregados (escravos), vai ao mercado onde eles se vendem, abre-lhes a boca para ver a dentuça, apalpa-lhes os músculos e atende muito particularmente aos pés, não vão eles ser chatos. Arremata o preço com o mercador e a partir daí o trabalhador fica com trabalho garantido durante toda a vida, 24 horas por dia, se for necessário. Tem mesa, cama e só tem que lavar os trapos na celha atrás do dormitório comum.

É o cúmulo da estabilidade.

E tudo recomeçará mais uma vez.

A.M.

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