Haveria muito a dizer sobre as reacções que o plano de saúde de Barak Obama está a provocar entre a população dos EUA.
Não se compreende que possa haver qualquer relutância em implementar uma medida humanista, a não ser que esteja a ser criada por poderosos grupos do ramo segurador reagindo perante a ameaça de virem a perder o mercado de que se alimentam.
Não consigo entender que alguém que já usufrua de um sistema de protecção na saúde, mesmo que desembolsando algumas dezenas de dólares semanais para um seguro de saúde, alinhe em qualquer manifestação que clama a plenos pulmões: “Matem a Lei”.
A divergência básica que existe entre democratas cifra-se no rendimento do agregado familiar, que os mais liberais pretendem que seja fixado em $88 mil e os mais conservadores em $66 mil, ou seja 4 ou 3 vezes o estabelecido para o nível da pobreza.
Essa diferença de opinião entre os democratas tem a ver com a sustentabilidade dos encargos que a lei acarreta para o erário público, que para a maioria dos republicanos será absolutamente catastrófica.
A maioria dos órgãos de informação faz referência a 45 milhões de pessoas abrangidas por esta medida, das quais 9 milhões não são cidadãos americanos.
Todavia há quem afirme que são apenas 30 milhões.
Como assim?
A diferença - 15 milhões - faz-me lembrar o litígio entre os dois amantes, Luís e Cristina, cuja paixão foi reduzida a pó, pelos números da sorte naquele fatídico dia em que o euro milhões lhes sorriu.
Eu disse, sorriu?
Se no tempo dos Montéquios e Capuletos já existisse o “Euromilhões”, Shakespeare teria escrito um Romeu e Julieta muito diferente.
No caso do Luís e da Cristina, estou convencido, que os conselheiros matrimoniais ou estavam a dormir ou impuseram-se como parte interessada no negócio.
“Penso eu de que”…
A.M.
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