Um relatório recente do Banco Mundial referia que "a globalização parece aumentar os problemas e as desigualdades... os custos de ajustamento para maior abertura são suportados exclusivamente pelos pobres."
A Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA) dizia em 2002:
"A economia global vai espalhar conflitos e estabelecer uma diferença maior entre vencedores e perdedores. Grupos excluídos enfrentarão profunda estagnação económica..."
A ONU, também no mesmo ano afirma que "o processo de globalização está concentrando o poder e marginalizando o pobre."
Mais recentemente o Banco Mundial mencionava que “54,7 % da humanidade vive em estado de miséria ou pobreza extrema.”
Condicionado por um facto que estando à vista de todos e nem necessitava de ser confirmado por entidades insuspeitas, "apeteceu-me" representar aqui, figurativamente, os pólos antagónicos da sociedade em que vivemos e para o qual estado todos contribuímos.
Se a figura que representa a fome é um desenho com assinatura que não consegui desvendar, mas que é uma extraordinária demonstração de sensibilidade e arte do seu autor, é porque não tive coragem de colocar uma da enorme quantidade de fotografias que giram por aí, representando gente famélica, autênticos seres de pele e osso. Principalmente de crianças.
São exemplos que envergonham qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade.
Já este magnífico exemplo de fartura e esbanjamento só provoca um ligeiro sorriso, espartilhado que está, entre o ridículo e a pena.
Perante tal situação, não consigo entrar na banda de frequência do pequeno conflito, geral ou individual, que uns, mais do que outros, usam para passar o tempo.
Um bom fim-de-semana para todos.
A.M.
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