A calamidade que aconteceu na ilha da Madeira sensibilizou toda a gente. Relataram-se os acontecimentos em pormenor, mostraram-se os efeitos das enxurradas, entrevistaram-se sobreviventes que perderam família e haveres. O movimento de apoio foi enorme dada a gravidade da catástrofe e ao espírito de solidariedade que felizmente ainda vai resistindo perante a adulteração de alguns valores morais e éticos imposta pelo materialismo desenfreado desta sociedade mercantilista.
Falou-se do assunto durante semanas mas havia um detalhe do mesmo que era considerado um tabu.
Quem ousasse procurar explicação para a gravidade do acontecimento que não fosse apenas imputável à fúria da natureza era imediatamente acusado de ser desumano e insensível perante a grande desgraça.
Alvitrar que se tivesse havido o cuidado de não obstruir ou desviar os cursos das ribeiras, impedir construções nas linhas de água, alargar ou aprofundar os cursos junto à parte baixa da cidade era considerado um sintoma de desumanidade por um lado e por outro de oportunismo político.
Outro acontecimento, mais recente, foi o suicídio do aluno de uma escola de Mirandela que se lançou no rio Tua devido ao facto de vir a ser vítima de “bullying” já há algum tempo.
Claro que toda a gente sensível e com um mínimo de humanidade condena esta prática, que vem crescendo em quantidade e intensidade nos últimos anos. Como desaprovará as praxes violentas que mais tarde, em continuidade, acontecerão nas escolas superiores, tanto civis como militares.
Mas ai de quem avente a hipótese de haver outras causas que possam ter influenciado a atitude daquele aluno!?
Sem dúvida que já se devia ter feito alguma coisa para combater a violência nas escolas, mas será que para a reduzir ou eliminar não se devem procurar outras causas fora dela?
Não se podem admitir outras razões de carácter social, familiar ou inerentes à própria índole do suicida, e agir preventivamente?
Sim, pois, mas só mais tarde quando toda agente já tiver esquecido este acidente.
Quem ousasse procurar explicação para a gravidade do acontecimento que não fosse apenas imputável à fúria da natureza era imediatamente acusado de ser desumano e insensível perante a grande desgraça.
Alvitrar que se tivesse havido o cuidado de não obstruir ou desviar os cursos das ribeiras, impedir construções nas linhas de água, alargar ou aprofundar os cursos junto à parte baixa da cidade era considerado um sintoma de desumanidade por um lado e por outro de oportunismo político.
Outro acontecimento, mais recente, foi o suicídio do aluno de uma escola de Mirandela que se lançou no rio Tua devido ao facto de vir a ser vítima de “bullying” já há algum tempo.
Claro que toda a gente sensível e com um mínimo de humanidade condena esta prática, que vem crescendo em quantidade e intensidade nos últimos anos. Como desaprovará as praxes violentas que mais tarde, em continuidade, acontecerão nas escolas superiores, tanto civis como militares.
Mas ai de quem avente a hipótese de haver outras causas que possam ter influenciado a atitude daquele aluno!?
Sem dúvida que já se devia ter feito alguma coisa para combater a violência nas escolas, mas será que para a reduzir ou eliminar não se devem procurar outras causas fora dela?
Não se podem admitir outras razões de carácter social, familiar ou inerentes à própria índole do suicida, e agir preventivamente?
Sim, pois, mas só mais tarde quando toda agente já tiver esquecido este acidente.
A.M.
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