Se num daqueles concursos de televisão em que o conhecimento geral dos concorrentes é posto à prova, se perguntasse o significado dessa palavra, talvez alguns acertassem, mas emudeceriam quando confrontados com a sua origem.
Os septuagenários como nós não esqueceram o período das suas vidas em que no intervalo entre “Mathias Sandorf” e o Tigre da Malásia líamos as “Aventuras de Rocambole”. Recordo agora, também um outro livro de Ponsom du Terrail, “O pagem do Rei”, que me foi oferecido num aniversário, mas que entretanto se perdeu nas reviravoltas da vida.
Nunca duvidei que as extravagantes peripécias desse herói originaram o galicismo “rocambolesco”, dado que o autor era francês e o nome do personagem uma invenção sua. Até que há pouco, tempo folheando um interessante livro de um linguista brasileiro, sou colocado perante a dúvida: “rocambolesco” refere-se a Rocambole (pessoa) ou a rocambole (torta)?
Segundo ele, o visconde Ponson du Terrail pode ter-se inspirado no bolo, também enrolado, para baptizar o protagonista dos seus livros.
Tal como o ovo e a galinha ficamos sem saber o que nasceu primeiro Rocambole ou rocambole?
O autor também não merece muita confiança. Parece que era muito prolixo, escrevia a metro e muito apressadamente, o que o levou a vários deslizes.
Uma frase sua, captada por Deonísio da Silva: “O comandante passeava com as mãos nos ombros lendo o jornal”.
Tal como o ovo e a galinha ficamos sem saber o que nasceu primeiro Rocambole ou rocambole?
O autor também não merece muita confiança. Parece que era muito prolixo, escrevia a metro e muito apressadamente, o que o levou a vários deslizes.
Uma frase sua, captada por Deonísio da Silva: “O comandante passeava com as mãos nos ombros lendo o jornal”.
Todavia era muito popular, ao ponto de quando matou Rocambole se ter gerado um coro de protestos dos leitores, vendo-se obrigado a ressuscitá-lo no livro seguinte.
Logo no início do livro escrevia: “como a perspicácia dos nossos leitores adivinhou, Rocambole segue vivo.
Pois caro Gilfer, sendo a situação enrolada como o bolo (que é uma torta) ou cheia de peripécias como o herói da nossa meninice, não se deve amofinar.
Deixe seguir o barco e vá dando notícias dessas enevoadas paragens.
Ah, e não se esqueça de ir colocando umas fotografias lá no sítio onde estão algumas como esta.
Logo no início do livro escrevia: “como a perspicácia dos nossos leitores adivinhou, Rocambole segue vivo.
Pois caro Gilfer, sendo a situação enrolada como o bolo (que é uma torta) ou cheia de peripécias como o herói da nossa meninice, não se deve amofinar.
Deixe seguir o barco e vá dando notícias dessas enevoadas paragens.
Ah, e não se esqueça de ir colocando umas fotografias lá no sítio onde estão algumas como esta.
Um abraço,
A.M.
1 comentário:
Uma Páscoa muito feliz.
Veijios
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