Certo dia, já lá vão muitos anos, um oficial à paisana entra no quartel e o plantão à porta de armas não o cumprimenta.
Volta atrás e dirige-se-lhe:
- Ouve cá, não me conheces!
- Não senhor.
- Sou o tenente Pavão Machado.
- Oh, desculpe. Sabia que era Machado. Não sabia é que também era Pavão.
Esta história que tem cerca de 50 anos circulou algum tempo no quartel, mas não afianço que o caso se tenha passado desta maneira. Talvez lhe tenham “acrescentado alguns pontos”. Mas garanto que o personagem é real, não sabendo, contudo, se ainda é vivo. Se for, aqui vão os respeitos de um camarada d”armas; se já não estiver entre nós, os meus pêsames aos familiares.
Este caso, a ser autêntico, não teve um desfecho grave dado que o oficial, era ou será ainda pessoa calma, educada e despretensiosa. Todavia existem VIP’s que por falta do tratamento diferenciado que pela sua posição social julgam merecer “puxam dos galões” para castigar o inferior.
Foi a leitura do reencontro de Cameron (não confundir com Decameron) com a dona do café que não o tinha reconhecido quando da primeira visita, que me levou a falar deste assunto e a recordar aquela história.
Segundo consta quem ficou muito alarmado foi o Prefeito do Município que tentou emendar a grande inconveniência convidando formalmente o PM para uma bica no mesmo estabelecimento.
Francesca Ariani reconheceu que tinha cometido um erro, pediu-lhe desculpa por não o ter reconhecido e obrigar a ir ao balcão buscar os cafés que tinha pedido. Ele é mesmo adorável – reconheceu deliciada.
Até tiraram uma fotografia juntos
E por cá? Cá os seguranças encarregar-se-iam de servir Sua Excelência.
A.M
3 comentários:
Já eu, hoje, tive uma endoscopia (alta), servida por uma marquesa...
Servida por uma marquesa ou servida numa marquesa?
Caramba se são as mesma, uma tem quatro pernas e a outra tem um metro e oitenta e parece a guarda de um campo de concentração Nazi.
Mas tem uma mãos...
... E aquela vozinha doce: "TENHA CAAALMA!!!" (da de duas patas no chão, uma no meu pescoço, outra na testa, outra a prender-me os braços e mais não sei quantas a esmurarem-me o nariz)
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