segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Viagem a um passado recente

Que bons tempos foram aqueles do "Desabafe connosco" e de seu filho legítimo "Blogues do Leitor"! 
Lá estão ainda os seus restos mortais, qual cemitério que ninguém visita, quieto, imóvel, parado, estagnado, estático, firme, quedo, aguardando o cumprimento da promessa do JN (ou alguém por ele) de regressar em novos moldes.
Prometer não custa. O mais difícil é cumprir.

Recordo um usuário (não vou dizer nomes) que escrevia referindo-se aos “moinhos de vento” que lhe infernizavam a carola:
(…) já tinha dado mais espaço aos reles e baratos protagonistas e exibicionistas que por aqui vagueiam e deambulam (…).

Se eu fosse ele, teria matraqueado, repisado, recalcado, martelado, malhado, repetido, sublinhado ainda com maior ênfase as características complementares e verbais atribuídas aos ditos “moinhos” e teria escrito:

Já tinha dado mais espaço aos reles, baratos, pífios, safados, apagados, gastos, ordinários, inferiores, rascas e medíocres, protagonistas, exibicionistas, fanfarronas, gabarolas, vaidosos, convencidos, emproados, presunçosos, enfatuados que por aqui vagueiam, deambulam, devaneiam, erram, passeiam, flainam e vagabundeiam…

Ainda há quem esqueça a riqueza da nossa língua pátria e receie, doentiamente, que ela se deixe conspurcar por influência exteriores vindas de outras latitudes.
Mesmo que vinda do espaço, uma nave tripulada por extraterrestres coberta de poeiras cósmicas, não conseguirá abalar a estrutura da língua portuguesa.
Mimem! Se quiserem!


A.M.

3 comentários:

Carlos disse...

Implodiu.
Mas aquilo era como ter de atravessar o Bairro do Cerco para chegar a casa de um amigo...

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
franciete disse...

Amigo, acho que posso trata-lo assim, pois aqui neste espaço é mais ó menos assim que nos vamos tratando. Embora que a maioria deles não o sejam, venho retribuir a sua visita, e, li pelo menos esta sua ultima postagem. Gostei da maneira simpática com que trata alguns dos amigos que por aqui ainda vagueiam, e, acho que tem razão, mas olhe que nem todos estão no mesmos cesto, porque por vezes há por aqui pessoas que tem necessidade de desabafar, e, deitar cá pra fora embora em poemas mal escritos como os meus, que sei que não foi isso que o amigo me disse, mas por vezes a dor de algum desafecto nos faz desabafar as nossas mágoas. Mas confesso, e, permita-me que lho diga, na sua maneira de se expressar. Achei em si um gajo porreiro, tenha um lindo fim de semana, com muita saúde, paz, e amor, amor incondicional, porque esses amor anda muito perdido, e, a melhor pegada que deixamos cá na terra.É o amor ao próximo, é isso que nós levamos a quando a nossa partida.