Um amigo, alarmado e incrédulo, enviou-me uma série de gastos executados por entidades públicas, que são difíceis de “engolir”.
Uma delas dizia respeito à Administração Regional de Saúde do Alentejo:
Aquisição de 1 armário persiana; 2 mesas de computador; 3 cadeiras c/rodízios, braços e costas altas: 97.560,00€
Fui ver. A neve caía do azul cinzento do céu…
Não encontrei o item referido, mas encontrei estes:
2009-2-09 – contracetivos Prisfer ------------ 60.396,00 euros
2009-2-09 – contracetivos Wyeth Lederle --- 60.396.00 euros
2009-6-09 – contracetivos Schering ----------- 43.170,00 euros
Agora percebo porque anda tão baixa a taxa de natalidade!
Só espero que nas outras regiões do país não gastem tanto em contracetivos.
Oiçam o que diz o Papa. Não liguem aos alentejanos que esses gajos não vão à missa!
Nota: O texto respeita as regras do novo acordo ortográfico
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
LULAS RECHEADAS À RIBATEJANA
Dizem que cozinhar é uma arte.
Acredito que seja.
Mas como ninguém nasce ensinado, mesmo que se possua alguma “queda”, é preciso aprender e praticar. Só depois temos o direito de inventar.
Tenho um amigo que cozinha pelos livros, mas como por vezes não tem os condimentos aconselhados para uma determinada receita substitui por outros. Se por acaso faz bacalhau espiritual e não tendo queijo ralado o substitui por pão ralado, já está a inventar – acabou de fazer um prato diferente.
Se resulta e até fica melhor deve registá-lo com outro nome.
Poderia chamar-lhe bacalhau místico, por exemplo.
Poder-se-á dizer que foi uma descoberta feita por acaso?
Afinal o que é o acaso? Ocaso sei o que é, já que estou a passar por ele, mas e… o Acaso? Existe?
Dizem que a invenção do micro-ondas teve origem ocasional. Estava um tipo chamado Spencer a passear em frente de um radar, fumando o seu cigarrinho quando percebeu que uma barra de chocolate, que tinha no bolso, se havia derretido. Abriu a boca espantado e disse:
- Eureka!
Colocou então uma tigela com pipocas em frente do radar e elas começaram a estoirar.
Claro que não acredito nesta patacoada. Por duas razões. A primeira porque antes da invenção do radar já eu era vivo e lembro-me muito bem de os chocolates se derreterem no bolso do bibe, deixando a minha pobre mãe muito apoquentada. Em segundo lugar porque não se consta que o Spencer se visse obrigado a tomar cantárida (o viagra ainda não fora inventado) por andar a passear em frente do radar.
Sei do que falo!
Bem, vamos lá à receitazinha das lulas recheadas à ribatejana.
Estava eu a cumprir a minha missão de cozinheiro descartado pela “Teleculinária” do famoso Mestre Silva, quando deparei com uma gralha.
A primeira coisa que se aconselha é cozer o arroz e reservar.
Mas nunca mais se volta a falar no arroz.
Mas, caramba, quando é que entra o arroz? – mio eu.
Espera aí que já te digo! – acrescento
Vou ao Google e escrevo “lulas recheadas à ribatejana”
Saiu-me isto na rifa:
Para as lulas: 1,200kg de lulas, 0,5dl de azeite, 100g de toucinho entremeado, 80g de chouriço de carne, 1 dente de alho, 1 pimento verde, 1 cebola, 1 folha de louro, 1 colher bem cheia de farinha, 2,5dl de leite, 1 raminho de salsa, sal e pimenta q.b.
Para estufar as lulas: 0,5 dl de azeite, 1 dente de alho picado, 5 colheres de polpa de tomate, 1 dl de vinho branco e 2 dl de água.
Acompanhamento: puré de batata.
I
Primeiro, o arroz, deve cozer,
Em água, que se pretende, abundante,
Não, mais de oito minutos, deve ser,
Pondo-o, a escorrer, no mesmo instante.
II
As lulas, de boa dimensão,
Antes de mais, são amanhadas,
Tendo, quanto aos sacos, atenção,
Evite as esperanças defraudadas.
III
Toucinho e chouriço, bem picados,
E o pimento que, também, fino ficou,
São, com cebola e alhos, misturados,
Se, de igual modo, os já tratou.
IV
Os tentáculos e as cabeças que amanhou
E que, na picadora, fez passar,
Junte tudo aquilo que picou
E, leve, no azeite, a refogar.
V
Vai mexendo, com colher apropriada,
Até dar mostras de alourar,
Por cima, a farinha, é já espalhada,
Para, depois, a bem incorporar.
VI
Logo que, a farinha, incorporou,
É tempo de o leite, em fio, deitar
E, usando a colher que sempre usou,
Mantenha, até, fervura, levantar.
VII
Mas, antes de, do lume, retirar
O tacho, onde tudo se passou,
Esse preparado vai provar,
E veja, se o tempero, já lhe bastou.
VIII
Nas lulas, vai, o seu recheio, deitar,
Ficando por menos de metade,
Palitos, depois, irá usar,
Fechando, os sacos, de verdade.
IX
Prepare, então, outro refogado,
Com cebola e alho, bem picados,
No azeite, acima, aconselhado,
Até que fiquem alourados.
X
É, agora que, junta todo o vinho,
Tal como a polpa, vai juntar,
Coloca as lulas, com jeitinho,
E, com um pouco de mais água, as vai estufar.
XI
Assim que as der por cozinhadas,
É tempo, da travessa preparar,
E, sendo, dos palitos, libertadas,
Com simetria, as vai lá colocar.
XII
Regadas com molho de as estufar,
Por puré de batata, rodeadas
E, com ramos de salsa a decorar,
Serão, então, na mesa, apresentadas.
Como podeis ver o arroz também desapareceu.
Será que o arroz é só para atrapalhar?
Tal como as bolas na adivinha do farol?
Não posso deixar de mencionar o poeta deste trabalho, Fernando Carreira, a quem em sinal de agradecimento interrogativo, deixei os meus versos:
Nesta rimada receita
O arroz fica a matar.
Sendo o primeiro a entrar
Não dizem quando se deita.
E ali fica o arroz cozido
Esperando ser chamado
P’ra cumprir sua missão.
Chega ao fim arrependido
Por ter sido nomeado
Para tão inútil função.
A.M.
Acredito que seja.
Mas como ninguém nasce ensinado, mesmo que se possua alguma “queda”, é preciso aprender e praticar. Só depois temos o direito de inventar.
Tenho um amigo que cozinha pelos livros, mas como por vezes não tem os condimentos aconselhados para uma determinada receita substitui por outros. Se por acaso faz bacalhau espiritual e não tendo queijo ralado o substitui por pão ralado, já está a inventar – acabou de fazer um prato diferente.
Se resulta e até fica melhor deve registá-lo com outro nome.
Poderia chamar-lhe bacalhau místico, por exemplo.
Poder-se-á dizer que foi uma descoberta feita por acaso?
Afinal o que é o acaso? Ocaso sei o que é, já que estou a passar por ele, mas e… o Acaso? Existe?
Dizem que a invenção do micro-ondas teve origem ocasional. Estava um tipo chamado Spencer a passear em frente de um radar, fumando o seu cigarrinho quando percebeu que uma barra de chocolate, que tinha no bolso, se havia derretido. Abriu a boca espantado e disse:
- Eureka!
Colocou então uma tigela com pipocas em frente do radar e elas começaram a estoirar.
Claro que não acredito nesta patacoada. Por duas razões. A primeira porque antes da invenção do radar já eu era vivo e lembro-me muito bem de os chocolates se derreterem no bolso do bibe, deixando a minha pobre mãe muito apoquentada. Em segundo lugar porque não se consta que o Spencer se visse obrigado a tomar cantárida (o viagra ainda não fora inventado) por andar a passear em frente do radar.
Sei do que falo!
Bem, vamos lá à receitazinha das lulas recheadas à ribatejana.
Estava eu a cumprir a minha missão de cozinheiro descartado pela “Teleculinária” do famoso Mestre Silva, quando deparei com uma gralha.
A primeira coisa que se aconselha é cozer o arroz e reservar.
Mas nunca mais se volta a falar no arroz.
Mas, caramba, quando é que entra o arroz? – mio eu.
Espera aí que já te digo! – acrescento
Vou ao Google e escrevo “lulas recheadas à ribatejana”
Saiu-me isto na rifa:
Para as lulas: 1,200kg de lulas, 0,5dl de azeite, 100g de toucinho entremeado, 80g de chouriço de carne, 1 dente de alho, 1 pimento verde, 1 cebola, 1 folha de louro, 1 colher bem cheia de farinha, 2,5dl de leite, 1 raminho de salsa, sal e pimenta q.b.
Para estufar as lulas: 0,5 dl de azeite, 1 dente de alho picado, 5 colheres de polpa de tomate, 1 dl de vinho branco e 2 dl de água.
Acompanhamento: puré de batata.
I
Primeiro, o arroz, deve cozer,
Em água, que se pretende, abundante,
Não, mais de oito minutos, deve ser,
Pondo-o, a escorrer, no mesmo instante.
II
As lulas, de boa dimensão,
Antes de mais, são amanhadas,
Tendo, quanto aos sacos, atenção,
Evite as esperanças defraudadas.
III
Toucinho e chouriço, bem picados,
E o pimento que, também, fino ficou,
São, com cebola e alhos, misturados,
Se, de igual modo, os já tratou.
IV
Os tentáculos e as cabeças que amanhou
E que, na picadora, fez passar,
Junte tudo aquilo que picou
E, leve, no azeite, a refogar.
V
Vai mexendo, com colher apropriada,
Até dar mostras de alourar,
Por cima, a farinha, é já espalhada,
Para, depois, a bem incorporar.
VI
Logo que, a farinha, incorporou,
É tempo de o leite, em fio, deitar
E, usando a colher que sempre usou,
Mantenha, até, fervura, levantar.
VII
Mas, antes de, do lume, retirar
O tacho, onde tudo se passou,
Esse preparado vai provar,
E veja, se o tempero, já lhe bastou.
VIII
Nas lulas, vai, o seu recheio, deitar,
Ficando por menos de metade,
Palitos, depois, irá usar,
Fechando, os sacos, de verdade.
IX
Prepare, então, outro refogado,
Com cebola e alho, bem picados,
No azeite, acima, aconselhado,
Até que fiquem alourados.
X
É, agora que, junta todo o vinho,
Tal como a polpa, vai juntar,
Coloca as lulas, com jeitinho,
E, com um pouco de mais água, as vai estufar.
XI
Assim que as der por cozinhadas,
É tempo, da travessa preparar,
E, sendo, dos palitos, libertadas,
Com simetria, as vai lá colocar.
XII
Regadas com molho de as estufar,
Por puré de batata, rodeadas
E, com ramos de salsa a decorar,
Serão, então, na mesa, apresentadas.
Como podeis ver o arroz também desapareceu.
Será que o arroz é só para atrapalhar?
Tal como as bolas na adivinha do farol?
Não posso deixar de mencionar o poeta deste trabalho, Fernando Carreira, a quem em sinal de agradecimento interrogativo, deixei os meus versos:
Nesta rimada receita
O arroz fica a matar.
Sendo o primeiro a entrar
Não dizem quando se deita.
E ali fica o arroz cozido
Esperando ser chamado
P’ra cumprir sua missão.
Chega ao fim arrependido
Por ter sido nomeado
Para tão inútil função.
A.M.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Vira o disco e toca o mesmo!
Para não variar, terminadas as eleições, parece que todos os candidatos voltaram a ganhar.
Uns por isto, outros por aquilo e até por nada.
Cavaco ganhou as eleições mas perdeu porque teve menos votos do que em qualquer outra candidatura presidencial.
Alegre perdeu porque teve menos votos do que na sua última participação, mas ganhou porque lhe foram sonegados os votos que por obra e graça do Dr. Mário Soares foram parar ao bornal de Nobre.
Este por sua vez, não ganhando, ganhou experiência e considera que não tendo apoio partidário (?), 14% já foi uma vitória
Francisco Lopes embora tenha tido menos votos que o seu Secretário-geral em 2006, conseguiu manter a mesma percentagem que nas últimas legislativas, o que já é porreiro!
Coelho ganhou uma equiparação a Tiririca, o que em meu entender é perder, mas ganhou a Cavaco na Madeira o que talvez explique o medo que muito boa gente tem da regionalização.
Defensor teve o pior resultado. Por isso perdeu. Contudo terá ganho alguma experiência.
Quiçá uma dor de cabeça.
Acho que todos perderam, dada a abstenção ter sido a mais elevada de sempre, principalmente se comparada com os 15,6% de 1980.
A não ser que comparando-a à de outros países fiquemos a ganhar.
Nos States, por exemplo, a média de abstenção ao longo de várias eleições é de 46%, o que parece ser pior. Acontece que sendo um sistema presidencialista só se devem comparar aqueles valores com as nossas legislativas em que a média de abstenção é de 21%.
Na Europa ficamos a perder com a maioria dos países, mas caramba, porque razão havia que existir convergência no que respeita às percentagens de abstenção se não conseguimos convergir no que respeita ao salário mínimo?
Tá bem! Sim, eu sei, que os gestores públicos dos outros países da UE é que se esforçam por convergir com os vencimentos dos nossos, mas isso é um caso sem exemplo.
Agora já se começa a falar no voto obrigatório.
Apreensivos, com medo de um dia haver uma abstenção de 90 %, que lhes reduziria a legitimidade, já falam em transforma num dever aquilo que até agora era principalmente um direito, conquistado a pulso ao longo de muitos anos.
E, sendo um dever, no caso de incumprimento até pode dar prisão. A não ser que por trás disto esteja um lobie que sabendo terem aumentado o preço dos atestados médicos de 90 cêntimos para 20 Euros esteja a pressionar as forças políticas para legislarem favoravelmente os seus interesses.
Vocês já viram?
Cerca de 5 milhões de eleitores a pagarem atestado médico para não pagarem multa ou serem presos? A 20 euros cada um dava 100 milhões! É muito cacau!
Num país onde parece que é proibido proibir será que vai ser proibido ir para a praia no dia das eleições?
Vou fugir prá ilha!
Uns por isto, outros por aquilo e até por nada.
Cavaco ganhou as eleições mas perdeu porque teve menos votos do que em qualquer outra candidatura presidencial.
Alegre perdeu porque teve menos votos do que na sua última participação, mas ganhou porque lhe foram sonegados os votos que por obra e graça do Dr. Mário Soares foram parar ao bornal de Nobre.
Este por sua vez, não ganhando, ganhou experiência e considera que não tendo apoio partidário (?), 14% já foi uma vitória
Francisco Lopes embora tenha tido menos votos que o seu Secretário-geral em 2006, conseguiu manter a mesma percentagem que nas últimas legislativas, o que já é porreiro!
Coelho ganhou uma equiparação a Tiririca, o que em meu entender é perder, mas ganhou a Cavaco na Madeira o que talvez explique o medo que muito boa gente tem da regionalização.
Defensor teve o pior resultado. Por isso perdeu. Contudo terá ganho alguma experiência.
Quiçá uma dor de cabeça.
Acho que todos perderam, dada a abstenção ter sido a mais elevada de sempre, principalmente se comparada com os 15,6% de 1980.
A não ser que comparando-a à de outros países fiquemos a ganhar.
Nos States, por exemplo, a média de abstenção ao longo de várias eleições é de 46%, o que parece ser pior. Acontece que sendo um sistema presidencialista só se devem comparar aqueles valores com as nossas legislativas em que a média de abstenção é de 21%.
Na Europa ficamos a perder com a maioria dos países, mas caramba, porque razão havia que existir convergência no que respeita às percentagens de abstenção se não conseguimos convergir no que respeita ao salário mínimo?
Tá bem! Sim, eu sei, que os gestores públicos dos outros países da UE é que se esforçam por convergir com os vencimentos dos nossos, mas isso é um caso sem exemplo.
Agora já se começa a falar no voto obrigatório.
Apreensivos, com medo de um dia haver uma abstenção de 90 %, que lhes reduziria a legitimidade, já falam em transforma num dever aquilo que até agora era principalmente um direito, conquistado a pulso ao longo de muitos anos.
E, sendo um dever, no caso de incumprimento até pode dar prisão. A não ser que por trás disto esteja um lobie que sabendo terem aumentado o preço dos atestados médicos de 90 cêntimos para 20 Euros esteja a pressionar as forças políticas para legislarem favoravelmente os seus interesses.
Vocês já viram?
Cerca de 5 milhões de eleitores a pagarem atestado médico para não pagarem multa ou serem presos? A 20 euros cada um dava 100 milhões! É muito cacau!
Num país onde parece que é proibido proibir será que vai ser proibido ir para a praia no dia das eleições?
Vou fugir prá ilha!
sábado, 22 de janeiro de 2011
Carrinhos-de-mão
A propósito do carrinho-de-mão conduzido por este personagem, que parece ter perdido, pelo menos publicamente, todos os amigos que tinha, recordei um outro, dos tempos em que perdida a honradez, se dava um tiro na tola.
Na altura o plástico ainda estava em gestação e na imagem inferior o carrinho-de-mão era de madeira. A carga transportada era outra.
domingo, 16 de janeiro de 2011
1143
Olá 1143,
Maneira bizarra, esta de iniciar a resposta ao visitante … 1143.
Prefiro falar com pessoas que assumem a sua verdadeira identificação por razões que se prendem com a experiência adquirida ao longo de alguns “quilómetros” percorridos nestas andanças. Experiências nem sempre agradáveis.
Diz que sabe a minha naturalidade porque consultou o meu perfil, todavia também lá se encontra o meu nome verdadeiro (António Mata) e prefere referir-se-lhe como durindana, que é apenas o título do blogue.
Ora acontece que tendo eu saído da minha terra em 1953 e tendo feito a minha vida noutras paragens nunca deixei de lá voltar periodicamente logo que surge uma oportunidade. Também, para manter contacto com o “berço”, recebo regularmente a revista “Novo Almourol” e, via e-mail, do pelouro da cultura municipal, informação detalhada dos eventos que se vão realizando durante o ano. Veja lá que até recebo os menus do “Soltejo”, o que me permite, por exemplo, saber quando começa o "mês do sável e da lampreia".
O amigo 1143, que saiu de lá há 30 anos não sentiu como eu o chamamento do torrão natal? É natural de V.N. da Barquinha?
Ora diga-me quanto anos ali viveu? Conhece alguém lá do burgo?
Quanto às fotografias:
Repare nas duas primeiras. São da autoria de Chris Karagounis e encontram-se na Net., aliás,
como algumas outras no site de Vila Nova da Barquinha.
Maneira bizarra, esta de iniciar a resposta ao visitante … 1143.
Prefiro falar com pessoas que assumem a sua verdadeira identificação por razões que se prendem com a experiência adquirida ao longo de alguns “quilómetros” percorridos nestas andanças. Experiências nem sempre agradáveis.
Diz que sabe a minha naturalidade porque consultou o meu perfil, todavia também lá se encontra o meu nome verdadeiro (António Mata) e prefere referir-se-lhe como durindana, que é apenas o título do blogue.
Ora acontece que tendo eu saído da minha terra em 1953 e tendo feito a minha vida noutras paragens nunca deixei de lá voltar periodicamente logo que surge uma oportunidade. Também, para manter contacto com o “berço”, recebo regularmente a revista “Novo Almourol” e, via e-mail, do pelouro da cultura municipal, informação detalhada dos eventos que se vão realizando durante o ano. Veja lá que até recebo os menus do “Soltejo”, o que me permite, por exemplo, saber quando começa o "mês do sável e da lampreia".
O amigo 1143, que saiu de lá há 30 anos não sentiu como eu o chamamento do torrão natal? É natural de V.N. da Barquinha?
Ora diga-me quanto anos ali viveu? Conhece alguém lá do burgo?
Quanto às fotografias:
Repare nas duas primeiras. São da autoria de Chris Karagounis e encontram-se na Net., aliás,
como algumas outras no site de Vila Nova da Barquinha.
A última foi tirada por mim para registar a praça em cujo centro existia uma fonte. Ainda se vê , à esquerda, a esquina da casa onde morou o meu tio avô. Em frente era a padaria agora clube de paraquedistas.
Já agora, a propósito, qual era o nome do padeiro?
A maior parte das fotografias que tenho (e não são muitas) precisam de ser digitalizadas.
A maior parte das fotografias que tenho (e não são muitas) precisam de ser digitalizadas.
Neste momento, é tudo.
Cumprimentos,
A.M.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Recordando...
Tenho saudades do “Desabafe connosco”.
E já começo a tê-las do "Blogues do Leitor"
É evidente que já não acredito que venha a ser reactivado, tal como há meses, no mesmo local e em rodapé, os responsáveis pelo sítio prometem voltar em breve com novidades.
Apaguem o aviso e deixem ficar as coisas como estão.
Pode não ser o melhor mas é certamente o mais fácil.
Ali, naquele lugar, tive a oportunidade de fazer alguns amigos.
Por estranho que pareça até sinto saudades de quem, não simpatizando comigo, me bombardeou com alguns “mimos” que tiveram o condão de activar os meus sensores defensivos, o que, como é óbvio, é necessário para lubrificar o próprio sistema de vida.
Lembram-se por acaso do Malaquias?
Esfarrapou-me todinho!
A minha mãezinha é culpada pela minha falta de vocabulário para descer às catacumbas do Malaquias, pelo que me fiquei por aqui:
Deve ser ódio de morte.
Até em casa estou mal.
Tenho que me precaver.
Porque tenho pouca sorte?
A quem terei feito mal?
O Malaquias então
Pensando que sou cubano
Não me larga um só momento.
Quem será o valentão?
Será ele americano?
Oh, homem deixe-me em paz!
Não quero aturá-lo mais.
Acabou a brincadeira.
Talvez não saiba, aliás,
Que lhe levo a dianteira.
Quando você vai p’ra lá
À procura de argumentos
Para tentar confundir-me
Já eu venho para cá
Cheiinho de mantimentos.
E não fora a pachorra
De que nasci bem dotado
Já me tinha posto a milhas.
Isto é que está uma porra!
Tente ser mais ponderado.
Creio que o Malaquias desistiu.
De qualquer modo a porta do “Desabafe Connosco” está encerrada.
A.M.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Eu não sei nada... eu não ouvi nada!
Digam-me se existe um sobrenome mais comum do que Silva.
Dou-vos um doce!
Nem Pereiras, nem Carvalhos, nem Oliveiras, nem Figueiras, tão pouco Laranjeiras.
Alguns Nogueiras, outros tantos Macieiras e ainda menos Azinheiras.
Conheci um Faia que tinha a mania que era toureiro equestre e um dia falhou a vaca e espetou a farpa na barriga do cavalo.
Também há bastantes Pimentas. Descendem de antigas famílias que prosperaram depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Sim, é verdade, há bastantes Silveiras.
No que respeita aos Silvas, é mato.
Há o Silva Marques.
O Silva Lopes.
O Silva Peneda
O Carvalho da Silva.
O saudoso António Silva.
O Augusto Santos Silva que ficou com os submarinos ao colo.
O Américo Silva que fez mais quilómetros a pedalar por esse país fora do que outros Silvas em campanha eleitoral.
Foi então que, certo dia, apareceu um Alberto para dissertar sobre uma determinada variedade de silvas
Disse então:
“O comportamento do Sr. Silva é causa de expulsão. Espero de uma vez por todas que o partido deixe de ser politicamente correcto e limpe o partido. O partido não tem vergonha se não abrir um procedimento contra o Sr. Silva. O Sr. Silva podia não gostar do Dr. Santana Lopes mas estava calado. O Sr. Silva só foi alguém neste país porque o PSD o fez. É de uma ingratidão e de uma falta de ética a todos os títulos reprovável”.
Sei, por experiência própria que silvas picam que se farta. Já uma vez nas correrias pelos pinhais, caí num silvado e fiquei todo picadinho.
Fico agora a saber que há silvas que no lugar dos picos possuem macias escovas que afagam e amolecem quem os perturba na sua característica imobilidade.
Foi assim que aquele Silva, mal soube que o Alberto perturbador do seu sossego, estava doentinho, desatou a fazer-lhe os maiores encómios, quando bastava, dada a sua importância, ter dito apenas:
- Lamento o sucedido ao Alberto.
Donde se pode concluir que a falta de ética atribuída ao Silva se metamorfoseou de louvaminhice interesseira, dada a ocasião propícia.
Se ele tivesse morrido, muito gostava eu de ouvir o elogio fúnebre à beira da campa feito pelos seus inimigos políticos.
E assim vai o mundo…
A.M.
Dou-vos um doce!
Nem Pereiras, nem Carvalhos, nem Oliveiras, nem Figueiras, tão pouco Laranjeiras.
Alguns Nogueiras, outros tantos Macieiras e ainda menos Azinheiras.
Conheci um Faia que tinha a mania que era toureiro equestre e um dia falhou a vaca e espetou a farpa na barriga do cavalo.
Também há bastantes Pimentas. Descendem de antigas famílias que prosperaram depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Sim, é verdade, há bastantes Silveiras.
No que respeita aos Silvas, é mato.
Há o Silva Marques.
O Silva Lopes.
O Silva Peneda
O Carvalho da Silva.
O saudoso António Silva.
O Augusto Santos Silva que ficou com os submarinos ao colo.
O Américo Silva que fez mais quilómetros a pedalar por esse país fora do que outros Silvas em campanha eleitoral.
Foi então que, certo dia, apareceu um Alberto para dissertar sobre uma determinada variedade de silvas
Disse então:
“O comportamento do Sr. Silva é causa de expulsão. Espero de uma vez por todas que o partido deixe de ser politicamente correcto e limpe o partido. O partido não tem vergonha se não abrir um procedimento contra o Sr. Silva. O Sr. Silva podia não gostar do Dr. Santana Lopes mas estava calado. O Sr. Silva só foi alguém neste país porque o PSD o fez. É de uma ingratidão e de uma falta de ética a todos os títulos reprovável”.
Sei, por experiência própria que silvas picam que se farta. Já uma vez nas correrias pelos pinhais, caí num silvado e fiquei todo picadinho.
Fico agora a saber que há silvas que no lugar dos picos possuem macias escovas que afagam e amolecem quem os perturba na sua característica imobilidade.
Foi assim que aquele Silva, mal soube que o Alberto perturbador do seu sossego, estava doentinho, desatou a fazer-lhe os maiores encómios, quando bastava, dada a sua importância, ter dito apenas:
- Lamento o sucedido ao Alberto.
Donde se pode concluir que a falta de ética atribuída ao Silva se metamorfoseou de louvaminhice interesseira, dada a ocasião propícia.
Se ele tivesse morrido, muito gostava eu de ouvir o elogio fúnebre à beira da campa feito pelos seus inimigos políticos.
E assim vai o mundo…
A.M.
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