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Claro que não vou falar do currículo de Vasco Granja que Anita resume muito bem numa dúzia de linhas, não se esquecendo de mencionar o tempo de prisão a que foi sujeito. É verdade que não indica a razão porque foi privado da liberdade o que poderia induzir qualquer jovem que a leia a admitir hipóteses que configurassem comportamentos do vulgar pilha galinhas ao guarda-livros burlão, mas creio que a omissão não foi intencional.
Como também não foi propositada a referência exclusiva a “A pantera cor-de-rosa” de que Vasco teria sido o divulgador.
Acontece que a maioria das pessoas só ouviu falar de Vasco Granja depois do 25 de Abril quando, ao longo de mais de mil emissões, fez a divulgação das mais famosas escolas internacionais do cinema de animação e não só de “A pantera cor-de-rosa”.
Este “desenho animado” foi passado no cinema Tivoli em 1964 ou 1965 a anteceder o filme principal que se chamava também “A pantera cor-de-rosa”, cujo intérprete principal era Peters Sellers na figura do Inspector Clouseau.
Tive o privilégio de assistir a esta estreia no nosso país e ouvir pela primeira vez a banda sonora que também ficou indelevelmente ligada ao filme.
Vasco Granja foi o homem que quebrou o “monopólio” do desenho animado americano que quase exclusivamente era passado nas nossas salas de cinema e na própria TV até 1974.
Mickey Mouse, Tom & Jerry, Popeye, Speedy Gonzalez passaram, com Vasco Granja, a ter a companhia de outros autores de outras escolas daquela arte desde o Canadá até à Checoslováquia.
Esteja onde estiver… se estiver, Vasco Granja não evidenciará nenhum contentamento por ver restabelecido o antigo monopólio que ele tentou combater mostrando-nos outras formas de pensar e outras culturas através de “bonecos” diferentes.
Que descanse em paz.
A.M.
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