quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Uma opinião como qualquer outra
Circula na Net o relato de uma professora de matemática que vou transcrever para a partir dela podermos desenvolver algum raciocínio objectivo. O exemplo dado não é mais do que o relato, feito por imagens, da evolução do ensino da matemática em primeiro lugar e das demais disciplinas em particular em Portugal.
Foi um episódio passado num supermercado que deu origem a ao “desabafo” daquela Senhora Professora. Quando entregou à balconista 2 euros e mais 8 cêntimos para pagar uma despesa de 1,58 euros, para facilitar os trocos e esta teve que chamar o gerente que se viu aflito para conseguir explicar-lhe que só tinha que devolver 50 cêntimos.
Escreveu então:
1. Ensino da matemática em 1950:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00.O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda.Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00.O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda, ou seja, € 80,00.Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00.O custo de produção desse carro de lenha é € 80,00.Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00.O custo de produção desse carro de lenha é € 80,00.Escolha a resposta certa, que indica o lucro:( )€ 20,00 ( )€ 40,00 ( )€ 60,00 ( )€ 80,00 ( )€ 100,00
5. Ensino de matemática em 2000:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00.O custo de produção desse carro de lenha é € 80,00.O lucro é de € 20,00.Está certo?( )SIM ( ) NÃO
6. Ensino de matemática em 2008:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00.O custo de produção é € 80,00.Se você souber ler coloque um X no € 20,00.( )€ 20,00 ( )€ 40,00 ( )€ 60,00 ( )€ 80,00 ( )€ 100,00
Porque entrei para a escola primária em 1943, nos anos 90 dei aulas numa escola militar e até hoje tenho seguido o percurso escolar dos meus netos, encontro nesta elucidativa apresentação o retrato fiel da evolução do ensino no nosso país.
Como não é a primeira vez que referindo-me a este assunto, coloco o treino do raciocínio em primeiro lugar em detrimento do treino da memória (ó cabos, ó rios e seus afluentes, ó linhas férreas e ramais, ó capitais de distrito e cidades, ó serras), não posso deixar de afirmar que ao menor esforço de memória deveria ter correspondido maior adestramento do raciocínio ao invés da sua quase anulação, como demonstrado neste elucidativo relato.
Se a integração europeia nos colocou perante a obrigação de cumprir metas no que respeita ao aproveitamento escolar o caminho a seguir devia passar por revolucionar os métodos de ensino e/ou aprendizagem, adaptar os currículos às necessidades numa perspectiva de futuro, não difícil de prever e reciclar a classe docente com métodos modernos de técnicas de instrução, que sem impedir a liberdade de improvisação dos professores pudesse melhorar a sua transmissão de conhecimentos.
O facilitismo foi a palavra de ordem.
O coeficiente do aproveitamento escolar subiu e aproximou-se dos níveis Europeus.
Melhorou por acaso o ensino?
Ou dizendo de outro modo: Os alunos acabam os seus cursos mais bem preparados?
A.M.
Continua
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1 comentário:
ah ah ah
Ó Mata, nunca tinha lido isto.
Está o máximo!!!
Veijios
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