O petróleo e as papoilas.
Portugal ocupava em 2017 o 3º lugar dos países mais pacíficos do mundo, apenas precedido da Nova Zelândia e da Islândia. Em 2018 intrometeu-se a Áustria e fomos apeados do pódio. Nenhum deles baseia a sua economia no petróleo.
Nos últimos lugares estão Iémen, Síria, Sudão Sul e Iraque, cujas economias dependem em primeiro lugar do petróleo.
Poderia ser uma coincidência, mas podemos admitir a hipótese que o ouro negro é uma espécie de génio do mal que provoca insegurança nos países que o possuem e não têm tecnologia suficiente para o extrair e transformar.
Respingo aqui um trecho que retirei do Observador, que considero insuspeito dado que até fujo do Manel Fernandes como o diabo foge da cruz:
“A 9 de agosto, um míssil da Arábia Saudita matou 40 crianças a bordo de um autocarro. É o episódio mais chocante de uma guerra longa, complexa e muito ignorada. Saiba, afinal, o que se passa no Iémen.(…) Quando já estavam a bordo, foram alvo daquele que foi, até hoje, um dos ataques mais bárbaros dos mais de três anos que já leva a guerra do Iémen: uma bomba lançada por um avião pela Arábia Saudita (e apoiada pelos EUA, Reino Unido, França) atingiu de forma letal aquele autocarro. Morreram 51 pessoas, entre as quais 40 crianças.”
Não vou falar da Síria, nem do Iraque, nem do Sudão do Sul, mas a instabilidade que os coloca nos últimos lugares deste “ranking” tem por certo origem em interesses extranacionais.
Pois é, não falei do Afeganistão porque não tem o petróleo como base da economia, mas a papoila, meu Deus, a papoila é o seu “ouro negro”, muito apreciada nos países ditos civilizados.
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