Um dia chegou a água canalizada e as fontes foram fenecendo à medida que a rede de distribuição ia crescendo. Hoje, ela, a água, custa dinheiro quando vem pelos canos e serve para ser taxada com um valor indexado ao consumo de cerca de 100%. Quando engarrafada, por uma qualquer companhia do aquoso ramo, custa quase tanto, quando não mais, do que uma cervejola. Ainda hoje não compreendo razão porque o investidor Cintra trocou as águas pelas cervejas, embora tenha uma desconfiança. Ficou-me arreigada por causa do Vale da Telha… mas isso são águas passadas.
Ouvi umas bocas, aqui e ali, que os cérebros “bruxelianos” ( não confundir com bruxuleantes) já estudam as táticas para determinar a privatização de todas as águas, incluindo a água da chuva. Como já tenho 78 bem contados até nem me importo que me taxem o ar que respiro. Se isso acontecer sempre quero ver se, para uma insuficiência respiratória de 40% me fazem um desconto na respetiva taxa.
Perdi-me… as fontes vinham a propósito de…? Ah, já sei, a propósito das fontes de informação.
Hoje, ninguém tem dúvidas que existem mais fontes de informação do que fontes de água.
Ele é as televisões, as rádios, os jornais, (da internet nem se fala), todavia há quem use e abuse de se abastecer sempre na mesma, como é o caso de o “Observador” em que para citar um exemplo o altamente credenciado colunista Rui Ramos faz uma acérrima crítica a António Costa por tentar demarcar-se do caso Sócrates, e, não fazendo referência a quem o quer amarrar, marra também!
Está no seu direito. Sirva-se à vontade. Não faça cerimónia. Mas não faça dos outros parvos!