quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A chocadeira da corrupção


A principal caraterística das “Chain letters” é a corrente começar a saturar-se e recebermos catadupas da mesma mensagem durante algum tempo.
Uma das que me caiu no goto é aquela que aponta para uma revisão da constituição no sentido de tornar os deputados mais parecidos com o cidadão normal, que paga os seus impostos, que não beneficia de seguros de saúde, nem de senhas para o almoço, nem subsídios de deslocamento e de transporte, nem exíguos tempos para a reforma, nem subsídios de reinserção, nem tão pouco de imunidade parlamentar para fugir às falcatruas em que se mete.

Contudo os ovos são colocados na chocadeira antes da tomada de posse que se segue a uma eleição legislativa.

A norma número 1 era atribuir ao PR o dever (não o direito) de demitir o governo que não cumpre com as promessas que badalou durante as campanhas eleitorais. Houvesse algum meio de responsabilizar quem andou a enganar os eleitores para conquistar o poder e não duvido que a cotação que o povo faz da política e dos políticos, nunca teria descido tão baixo.
Devia haver uma lei das compatibilidades simples, compreensível, que não deixasse fendas por onde passa o grosso dos oportunistas. Também seria imprescindível que a lei que obriga os titulares de cargos públicos a fazer declarações de património e rendimentos fosse devidamente fiscalizada e não existisse apenas para inglês ver. Seria muito fácil com os meios que a informática dispõe para fazer cruzamento de dados se o sigilo bancário não fosse um tabu para todas as assembleias legislativas… e constituintes, também.

O argumento da defesa da privacidade tem o leve odor da defesa da ilegalidade.

Diz o povo: Quem não deve não teme!

 

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