domingo, 21 de novembro de 2010

Apelo à tua religiosidade, Maria!

No reinado de Herodes, na terra da Judeia, aguardava-se a chegada do Messias que os libertaria da terrível opressão do império romano.
Diz-se que havia vinte e seis seitas religiosas, o que, a ser verdade, demonstrava total ausência de unidade da comunidade religiosa.
Deixo aqui um parêntesis para te pedir que não comeces a fazer comparações com o que se passa no mundo actual em que ambos vivemos.
Fixemo-nos no Herodes!
Dizia eu, que a falta de unidade provocava tantas interpretações da Sagrada Escritura quanto o número de seitas existente. Cada um ao seu e todos ao mesmo, como a mais básica regra das tácticas futebolísticas.
Claro que isto provocava grandes confrontos. Os fariseus eram acusados pelos Nazarenos de cumplicidades com o sistema, e estes por sua vez, eram apontados pelos saduceus como os inimigos a abater. Os nazarenos e os essénios procuravam passar pelos intervalos da chuva, para se chegarem à frente.

Certo dia levantou-se grande alvoroço contra a Igreja em Jerusalém.
Saulo foi um dos principais instigadores, e entrando pelas casas levava homens e mulheres para a prisão.
Era Saulo de Tarso, mais tarde conhecido como apóstolo Paulo, que um dia, seguindo por um caminho, já perto de Damasco, se viu envolvido por súbito esplendor vindo do céu ao mesmo tempo que uma voz lhe soava aos ouvidos:
- “Saulo, Saulo, porque me persegues?”
- Quem és, Senhor?
- Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Estou convencido, que Deus, sendo Deus, sabia de antemão o que dava corda às sandálias de Saulo naquela paranóica perseguição, e, malandreco, apenas alimentou a pretensão de pespegar um susto ao pobre homem.
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Ora eu, não sendo Deus, nem sequer Zandinga, não acreditando no professor Karamba e muito menos na Maya, a cartomante, interrogo:
- Maria, Maria, porque me persegues?

A.M. 5/Maio/2005

Nota: O espaço do JN, "Desabafe connosco", deu lugar ao "Blogues do leitor". Este por sua vez foi encerrado, tendo ficado no seu lugar para além dos colaboradores residentes (oficiais) uma nota que reza assim:
"O Jornal de Notícias decidiu melhorar os "blogues do leitor". Assim, e até ao novo espaço aberto à participação de todos, encerramos os blogues existentes. Esteja atento. Voltamos em breve com novidades."

Já lá vão alguns meses o que dá ao "voltamos em breve" um falso carácter.
Acontece que se forjaram ali algumas amizades e também inimizades, que tendem a cair no esquecimento dado o encerramento daquele ponto de encontro.
Para que não se percam no tempo algumas passagens desse período transcrevo aqui, agora, alguns desabafos, entretanto apagados pelo JN daqueles espaços.

1 comentário:

mulher lua disse...

Esta Maria, é a Maria R.?

Só pode! ah ah ah

Veijios