sexta-feira, 14 de maio de 2010

O respeito é uma coisa muito bonita!

Há algum tempo que venho recebendo “convites” de amigos para aderir ao Facebook.
Até agora tenho resistido, porque possuindo dois meios para estabelecer os contactos iria adicionar mais um à mesma máquina e aumentar o trabalho que tenho para gerir e organizar o sistema de comunicações.
Claro que sinto sempre um amargo de boca quando me fico nas covas perante as novas tecnologias; é como se estivesse a passar um certificado deste tipo:
“Eu, abaixo-assinado, declaro que devido ao peso da idade, já não me sinto mentalmente capacitado para aderir a qualquer novo sistema que obrigue a um esforço de aprendizagem do mesmo.”
Porque se este sentimento não é verdadeiro, para lá caminha.
E a gente a adiar, adiar, adiar…
Depois, lembrei-me do velhote da minha terra que quando a electricidade lá chegou não a aceitou e quando a água foi canalizada também não quis fazer a respectiva instalação.
Alumiava-se com candeeiros a petróleo e a empregada ia encher o cântaro à fonte.
Começo então a perceber, dada a minha relutância em aderir ao Facebook, que o conservadorismo daquele meu conterrâneo, das duas, uma, ou não era tão profundo como eu pensava ou então estou a a seguir-lhe as pisadas.
Vai daí, ontem, acabei por dar o passo.
Ainda não vi bem a maior parte das funcionalidades deste novo brinquedo, mas já fui contactado por dois camaradas felicitando-me e agradecendo-me por os considerar seus amigos. Então não sabiam? Tinham dúvidas?
O pior é que hoje de manhã, com a bica a fumegar, e lançando um olhar guloso sobre uma coluna do jornal deparo com esta notícia:

“Preocupados com questões de privacidade, um grupo de utilizadores juntou-se para fazer com que o próximo 6 de Junho seja um dia anti-Facebook. O protesto consiste em não usar a rede social. As regras adoptadas pelo Facebook em Dezembro fazem com que mais informação seja pública e mereceram ainda esta quarta-feira a reprovação de um grupo de aconselhamento da comissão Europeia, que as considerou inaceitáveis.”
Pensando bem, talvez o Facebook seja mais prejudicial para quem tem por costume esconder as suas “sem-vergonhices” atrás do anonimato.
Digo eu, que não percebo nada disto!
A.M.

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