E, se já temos conhecimento de alguma matéria, onde foi que o recolhemos?
Se temos algumas dúvidas sobre temas específicos que critério usamos para procurar os esclarecimentos necessários?
Se falamos de pessoas já com certa idade e de ideias fundamentadas é certo que a sua inclinação penderá para todas as fontes que não inquinem os seus conceitos básicos sobre a vida, que ao longo dos anos se foram formando em função de todo o conhecimento absorvido.
Procurar explicar a razão porque uns são crentes e outros ateus, porque uns são mais conservadores e outros mais progressistas, para não falar de outros parâmetros, é tarefa destinada ao insucesso pela complexidade que envolve. Sabemos, todos nós sabemos, como não é líquido que os filhos sigam a orientação religiosa ou política dos pais, ou dos professores, não sendo raro que se encontrem em campos opostos ao nível das mais variadas ideias, pelo que o meio ambiente em que cada um de nós cresce, contribui em maior ou menor grau para aquilo que somos hoje.
O que levará alguém a dizer que uma fonte de informação é tendenciosa?
Aqui mesmo no “Blogues do Leitor” alguns intervenientes questionam-se mutuamente sobre a credibilidade das respectivas fontes. Como é evidente a lista de jornais e revistas que cada um entende ser fiável, não coincide.
Se consultarmos a biografia de Ratzinger na Wikipédia, poderemos verificar como é muito bem explicado que a sua família era anti-nazi, mesmo antes da guerra e que a inscrição na juventude hitleriana era obrigatória e que os seminaristas, não sendo inicialmente obrigados acabaram por sê-lo mais tarde. Ratzinger inscreveu-se aos 14 anos, mas o seu biógrafo teve o cuidado de acrescentar que ele não se manifestava muito entusiasta. Não acrescento mais, pois qualquer um pode, se tiver interesse, em ir ao sítio certo.
Será que esta biografia é isenta?
No dia 11 deste mês o Jornal de Notícias comentava que Ratzinger, enquanto cardeal protelou o pedido de exoneração feito pela diocese de Oakland nos EUA de um padre condenado por “molestar seis rapazes” feito em 1981. Só em 1987 o dito padre foi afastado.
Claro que este episódio não consta da biografia de Ratzinger.
Talvez por não ser importante, admito.
Não haverá contudo quem seja capaz de jurar a pés juntos que esta notícia, embora emanada por uma agência noticiosa muito prestigiada, é uma descarada mentira, porque não consta da sua biografia na Wikipédia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPGd-CLxFOA5VMMW_SD1KFCeJr-8HxdgyAJ82J3drMlMK3NmdA_SbLX7dswGKAn9kKugWT_nkJfKa9OO4V-hOcdZAz3tiGTXnmHJnAbYUhaLXSjPxS2AYy5JqKcSeIjoSJPrp_JbP6gbnP/s400/img003.jpg)
Admito que quando ele chorou não havia fotógrafos presentes, mas caramba, não havia pelo menos uma fotografia do Sumo Pontífice acordado?
A.M.
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