terça-feira, 17 de novembro de 2009

Oremos!

Rezar, rezar, rezo eu todos os dias, quando confrontado com as inconformidades duma sociedade onde os melhores valores humanos vão perdendo significado como se essa fosse a evolução natural do homem.
Vale tudo!

A palavra dada deixou de ser certificado de garantia; a tramóia engendrada entre duas bicas à mesa do café passou a ser um negócio respeitável; as falências, que antigamente, originavam suicídios por desonra, são agora programadas e aconselhadas;
o conto do vigário está de boa saúde; o canto da sereia ganha discos de platina; a história do "lá vem o lobo" deixou de fazer sentido porque a mentira já tem peso positivo no currículo das pessoas e cada um por si, procura "passar a perna ao seu semelhante.

E por isso rezo. Não orações, mas resmungos. Entre dentes... de raiva.

De raiva por ver que em pleno século XXI a ignorância e a simplicidade de um mar de gente ainda é suficiente para alimentar exércitos de vigaristas que sem qualquer pejo, abordam as pessoas com a mais seráfica máscara que conseguem afivelar, para lhes sacarem os últimos tostões que têm na carteira.

Aparecem por todo o lado, entram em tudo que é sítio fazendo promessas, não só de salvação eterna e lugar no paraíso, mas principalmente de sucesso, riqueza e luxo nesta vida, agora, já.

Até já passam certidões de garantia!

A.M.

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