Se por acaso os comunistas fossem aquilo que muitos pensam e corajosamente debitam aqui neste espaço, eu escolheria ser outra coisa qualquer.
Outra coisa de que a intolerância, a agressividade, a má educação, a falta de respeito e mesmo alguns laivos de filosofia fascista, estivessem arredados.
Perdoai-me a irritação,
A.M.
Sr. Joaquim Freixo,
Muito haveria a dizer a respeito do seu comentário “Vicissitudes do Comunismo”. Tentando ser o mais sucinto possível apenas digo o seguinte:
Ao relatar que Heliodoro Frescata veio a Portugal logo depois do 25 de Abril e regressou a Moçambique um mês depois, no meio de grande tristeza, devido ao clima de terra queimada que os comunistas pretendiam implantar, está a usar esta passagem da sua vida para criticar o 25 de Abril em especial e os comunistas em particular.
Omitiu, propositadamente, que Heliodoro Frescata regressou definitivamente a Portugal em 1977 e leccionou no Centro de Instrução Militar da Força Aérea sito na Base Aérea nº 2, na Ota, até 1988, quando se reformou.
Omitiu este facto para que ficasse a pairar a ideia de que o Dr. Frescata ficara tão decepcionado com o 25 de Abril que fugira a sete pés para o seu tugúrio em Moçambique. Simultaneamente, com esta omissão, criou o espaço necessário para lhe atribuir as duas vertentes em que ele dividiria os comunistas.
Só quem não conhecesse o Dr. Frescata lhe assacaria essas frases, cujo conteúdo, aliás, envergonharia qualquer filósofo.
A 1ª vertente: “comunistas sinceros, aqueles que ainda não atingiram a maturidade para perceber que o comunismo é utópico e impraticável, etc.
Aos 73 anos fico a saber que não estou maduro.
Se estou verde, é de raiva ao ouvir tais considerações.
A 2ª vertente: Comunistas oportunistas, todos aqueles que atingiram a maturidade e percebendo aquilo que os não sazonados ainda não descobriram, continuam comunistas aproveitando em benefício próprio, lugares de relevo na sociedade e no partido.
Se aos 73 anos, eventualmente atingi a maturidade, não sou militante do partido, não desempenho nenhum lugar remunerado governamental ou autárquico também não me enquadro neste grupo.
Logo, não existo, penso eu..?!
Parafraseando uma alocução muito usada pelo nosso saudoso Dr. Frescata que na Ota leccionou durante 10 anos, eu diria:
“Mutatis mutandi” … a sua história, caro Sr. Freixo, é efectivamente honesta.
A.M.
domingo, 22 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Oremos!
Rezar, rezar, rezo eu todos os dias, quando confrontado com as inconformidades duma sociedade onde os melhores valores humanos vão perdendo significado como se essa fosse a evolução natural do homem.
Vale tudo!
Vale tudo!
A palavra dada deixou de ser certificado de garantia; a tramóia engendrada entre duas bicas à mesa do café passou a ser um negócio respeitável; as falências, que antigamente, originavam suicídios por desonra, são agora programadas e aconselhadas;
o conto do vigário está de boa saúde; o canto da sereia ganha discos de platina; a história do "lá vem o lobo" deixou de fazer sentido porque a mentira já tem peso positivo no currículo das pessoas e cada um por si, procura "passar a perna ao seu semelhante.
o conto do vigário está de boa saúde; o canto da sereia ganha discos de platina; a história do "lá vem o lobo" deixou de fazer sentido porque a mentira já tem peso positivo no currículo das pessoas e cada um por si, procura "passar a perna ao seu semelhante.
E por isso rezo. Não orações, mas resmungos. Entre dentes... de raiva.
De raiva por ver que em pleno século XXI a ignorância e a simplicidade de um mar de gente ainda é suficiente para alimentar exércitos de vigaristas que sem qualquer pejo, abordam as pessoas com a mais seráfica máscara que conseguem afivelar, para lhes sacarem os últimos tostões que têm na carteira.
Aparecem por todo o lado, entram em tudo que é sítio fazendo promessas, não só de salvação eterna e lugar no paraíso, mas principalmente de sucesso, riqueza e luxo nesta vida, agora, já.
Até já passam certidões de garantia!
A.M.
De raiva por ver que em pleno século XXI a ignorância e a simplicidade de um mar de gente ainda é suficiente para alimentar exércitos de vigaristas que sem qualquer pejo, abordam as pessoas com a mais seráfica máscara que conseguem afivelar, para lhes sacarem os últimos tostões que têm na carteira.
Aparecem por todo o lado, entram em tudo que é sítio fazendo promessas, não só de salvação eterna e lugar no paraíso, mas principalmente de sucesso, riqueza e luxo nesta vida, agora, já.
Até já passam certidões de garantia!
A.M.
domingo, 15 de novembro de 2009
Filmado em África, Amazónia, Croácia e New York. Emocionante!
Conheceis este canção de Michael Jackson?
O vídeo é do single de maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido, que não foi nem "Billie Jean", nem "Beat it", e sim a ecológica "Earth Song", de 1996.
Dizem que não foi editado nos EUA.
Por vergonha?
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
A proliferação de seitas
Os católicos chamam-me ignorante por não acreditar em Deus.
Porque odeio os livros, porque não tenho capacidade para entender o que está escrito nos manuais religiosos, porque sou teimoso como um burro, porque sou preguiçoso e nunca me preocupei em averiguar, estudar, aprofundar e vasculhar as bibliotecas á procura da verdade suprema, que numa simples equação me demonstre a razão da minha existência, sou considerado um náufrago mergulhado até ao nariz no mar da ignorância.
Não façam ondas!
Depois batem-me à porta as testemunhas de Jeová, tentando salvar-me a alma. Vêm regularmente. Eu pergunto-lhes se não têm um ficheiro onde eu esteja catalogado como ateu para evitarem a caminhada até à minha porta, mas eles respondem que, entretanto, eu posso ter sido atingido por um raio de luz que fragilize o meu estado de não crente.
Um desses apóstolos, que por acaso também era bombeiro, ainda sugeriu que na hora das aflições é que a gente invoca Deus e vai de me contar alguns episódios da sua longa prática assistindo sinistrados em acidentes rodoviários.
Como isto se passa “vis à vis” não há insultos, mas calculo que ao virar da esquina já vão comentando sobre a minha ignorância.
Também sou uma grande besta por não acreditar nas naves espaciais que circulam pela nossa atmosfera, carregadinhas de extraterrestres que vigiam e zelam pelas nossas vidas às ordens de Ashtar Sheran, Comandante da Frota dos Homens do Espaço.
Das discussões neste espaço sobre o celebérrimo Allan Kardec e o Espiritismo também levei umas bordoadas de um nosso amigo que mais tarde tivemos o prazer de conhecer pessoalmente e verificar que afinal era uma pessoa igual à gente. Que lhe terá acontecido? Gostava de revê-lo no próximo convívio.
Temos agora a Grande Fraternidade Branca, cujos mestres nos querem ensinar a assumir a nossa espiritualidade. Como parece que ainda não têm uma sede, precisam de caroço para se organizar. Somos deste modo solicitados para comprar alguns dos seus vários produtos que nos permitirão progredir na compreensão dos ensinamentos dos “Mestres Ascensos” e da importância da “Chama Violeta”.
Temos na montra das compras o livro “Razão de Viver” da psicóloga alquimista Maria Lúcia Vieira; o livreto de orações “Comandos de Luz”; “Japa-Malas de cores diversas; uma imensa variedade de CD’s sobre as 108 “Ave Marias” e “Pai Nosso” e até nada mais do que 25 mantras, para além de um variado stock de músicas alusivas a este ramo da espiritualidade. Branca com alguns laivos violetas.
Confesso que não tenho tempo e se o tivesse também não teria disposição para me embrenhar em mais redes da nebulosa místico-esotérico, redes que nascem um pouco por todo o lado mas principalmente na América do Sul e também na do Norte.
O Brasil deve bater todos os recordes.
Pronto!
Atirem agora. Já instalei a defesa anti-aérea.
A.M.
Porque odeio os livros, porque não tenho capacidade para entender o que está escrito nos manuais religiosos, porque sou teimoso como um burro, porque sou preguiçoso e nunca me preocupei em averiguar, estudar, aprofundar e vasculhar as bibliotecas á procura da verdade suprema, que numa simples equação me demonstre a razão da minha existência, sou considerado um náufrago mergulhado até ao nariz no mar da ignorância.
Não façam ondas!
Depois batem-me à porta as testemunhas de Jeová, tentando salvar-me a alma. Vêm regularmente. Eu pergunto-lhes se não têm um ficheiro onde eu esteja catalogado como ateu para evitarem a caminhada até à minha porta, mas eles respondem que, entretanto, eu posso ter sido atingido por um raio de luz que fragilize o meu estado de não crente.
Um desses apóstolos, que por acaso também era bombeiro, ainda sugeriu que na hora das aflições é que a gente invoca Deus e vai de me contar alguns episódios da sua longa prática assistindo sinistrados em acidentes rodoviários.
Como isto se passa “vis à vis” não há insultos, mas calculo que ao virar da esquina já vão comentando sobre a minha ignorância.
Também sou uma grande besta por não acreditar nas naves espaciais que circulam pela nossa atmosfera, carregadinhas de extraterrestres que vigiam e zelam pelas nossas vidas às ordens de Ashtar Sheran, Comandante da Frota dos Homens do Espaço.
Das discussões neste espaço sobre o celebérrimo Allan Kardec e o Espiritismo também levei umas bordoadas de um nosso amigo que mais tarde tivemos o prazer de conhecer pessoalmente e verificar que afinal era uma pessoa igual à gente. Que lhe terá acontecido? Gostava de revê-lo no próximo convívio.
Temos agora a Grande Fraternidade Branca, cujos mestres nos querem ensinar a assumir a nossa espiritualidade. Como parece que ainda não têm uma sede, precisam de caroço para se organizar. Somos deste modo solicitados para comprar alguns dos seus vários produtos que nos permitirão progredir na compreensão dos ensinamentos dos “Mestres Ascensos” e da importância da “Chama Violeta”.
Temos na montra das compras o livro “Razão de Viver” da psicóloga alquimista Maria Lúcia Vieira; o livreto de orações “Comandos de Luz”; “Japa-Malas de cores diversas; uma imensa variedade de CD’s sobre as 108 “Ave Marias” e “Pai Nosso” e até nada mais do que 25 mantras, para além de um variado stock de músicas alusivas a este ramo da espiritualidade. Branca com alguns laivos violetas.
Confesso que não tenho tempo e se o tivesse também não teria disposição para me embrenhar em mais redes da nebulosa místico-esotérico, redes que nascem um pouco por todo o lado mas principalmente na América do Sul e também na do Norte.
O Brasil deve bater todos os recordes.
Pronto!
Atirem agora. Já instalei a defesa anti-aérea.
A.M.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Corrupção
Alguns amigos simpatizantes do partido que ganhou as últimas eleições legislativas sem obter maioria absoluta, teceram aqui alguns comentários criticando toda a oposição por tender a obstaculizar a aprovação do programa do Governo que será votado na Assembleia.
Foram culpados, segundo dizem, por não quererem fazer coligações, nem acordos de qualquer espécie, que permitisse ao PS, a quem os eleitores retiraram a maioria, governar o país como se a tivesse. Não sabendo - parece que ninguém sabe - o que se passou nas reuniões promovidas pelo Sr. Primeiro Ministro, partiram do princípio que rejeitaram óptimas propostas e algumas cedências para integrarem o executivo.
Orgulhosos, é o que eles são! E mal agradecidos.
O nosso sistema político está organizado por partidos como está definido constitucionalmente. Cada partido elabora os seus programas e sujeita-os a sufrágio popular. Se alguns são parecidos, há outros muito divergentes. Por mais obsoletos ou inexequíveis que sejam, se tiverem apoio popular que permita eleger deputados, podem, mas não devem, rasgar os compromissos que assumiram.
Tudo bem, nunca serão governo, e a única hipótese que lhes resta é poderem ser úteis para impedir que governos minoritários façam o que lhes apetece.
Depois, temos ainda um outro aspecto a considerar.
Sou defensor de pactos de regime em matérias como a educação, as obras públicas ou a saúde, para evitar os custos nos recuos, anulações de contractos, mudanças de política nalguns sectores, que acabam sempre por recair sobre os pobres contribuintes. Não tem pés nem cabeça que depois de alguns milhões gastos em estudos de projectos, venha um governo alternativo e anule tudo para aplicar a sua alternativa.
Acontece que os partidos que se têm alternado no poder são o PS e o PSD pelo que devem ser eles a estabelecer pactos de regime. Não tem pés nem cabeça fazer pactos de regime com quaisquer outros partidos da oposição. Ou tem?
Depois de algumas leituras feitas neste espaço creio que posso concluir que existe um largo consenso sobre os malefícios da corrupção entre os simpatizantes dos diversos partidos políticos. Se isto se passa no meio de grupos sociais tão heterogéneos como este, porque razão existe tanta reticência nos diversos governos que se têm alternado no governo em aceitar propostas que possam combatê-la?
E agora, já foi entregue outra na Assembleia, por deputados de uma minoria acusada de obstaculizar este governo.
Será que Sócrates, tendo-se exaurido a oferecer lugares e a fazer cedências aos partidos da oposição em reuniões à porta fechada, estará agora disposto a aceitar e a discutir esta proposta, dando, então sim, um sinal claro do seu interesse em fazer acordos.
Sim, porque um acordo, neste contexto, significa: harmonia de vistas, concordância colectiva, conformidade. O que implica cedências de parte a parte.
Houve algumas? Ora digam cá.
A.M.
Foram culpados, segundo dizem, por não quererem fazer coligações, nem acordos de qualquer espécie, que permitisse ao PS, a quem os eleitores retiraram a maioria, governar o país como se a tivesse. Não sabendo - parece que ninguém sabe - o que se passou nas reuniões promovidas pelo Sr. Primeiro Ministro, partiram do princípio que rejeitaram óptimas propostas e algumas cedências para integrarem o executivo.
Orgulhosos, é o que eles são! E mal agradecidos.
O nosso sistema político está organizado por partidos como está definido constitucionalmente. Cada partido elabora os seus programas e sujeita-os a sufrágio popular. Se alguns são parecidos, há outros muito divergentes. Por mais obsoletos ou inexequíveis que sejam, se tiverem apoio popular que permita eleger deputados, podem, mas não devem, rasgar os compromissos que assumiram.
Tudo bem, nunca serão governo, e a única hipótese que lhes resta é poderem ser úteis para impedir que governos minoritários façam o que lhes apetece.
Depois, temos ainda um outro aspecto a considerar.
Sou defensor de pactos de regime em matérias como a educação, as obras públicas ou a saúde, para evitar os custos nos recuos, anulações de contractos, mudanças de política nalguns sectores, que acabam sempre por recair sobre os pobres contribuintes. Não tem pés nem cabeça que depois de alguns milhões gastos em estudos de projectos, venha um governo alternativo e anule tudo para aplicar a sua alternativa.
Acontece que os partidos que se têm alternado no poder são o PS e o PSD pelo que devem ser eles a estabelecer pactos de regime. Não tem pés nem cabeça fazer pactos de regime com quaisquer outros partidos da oposição. Ou tem?
Depois de algumas leituras feitas neste espaço creio que posso concluir que existe um largo consenso sobre os malefícios da corrupção entre os simpatizantes dos diversos partidos políticos. Se isto se passa no meio de grupos sociais tão heterogéneos como este, porque razão existe tanta reticência nos diversos governos que se têm alternado no governo em aceitar propostas que possam combatê-la?
E agora, já foi entregue outra na Assembleia, por deputados de uma minoria acusada de obstaculizar este governo.
Será que Sócrates, tendo-se exaurido a oferecer lugares e a fazer cedências aos partidos da oposição em reuniões à porta fechada, estará agora disposto a aceitar e a discutir esta proposta, dando, então sim, um sinal claro do seu interesse em fazer acordos.
Sim, porque um acordo, neste contexto, significa: harmonia de vistas, concordância colectiva, conformidade. O que implica cedências de parte a parte.
Houve algumas? Ora digam cá.
A.M.
domingo, 1 de novembro de 2009
Ena tantos gigas de triliões de Quilómetros!!!!
O Telescópio Espacial Hubble numa órbita a cerca de 600 km da Terra, vai observando o Universo usando comprimentos de onda que vão dos ultra violetas aos infravermelhos.
A melhor fotografia feita por este telescópio mostra a galáxia do Chapéu
(M104).
Situa-se a 28 milhões de anos luz do nosso sistema solar.
1 ano luz representa:
9.460.000.000.000 km
Deste modo esta galáxia está a: 194.880.000.000.000.000.000 kms da Terra.
Caramba! Definitivamente não vou discutir problemas passados há 2000 anos.
E não me importo que me desanquem pelo meu ateísmo.
Perante esta enormidade eu nem sequer existo!
A.M.
A melhor fotografia feita por este telescópio mostra a galáxia do Chapéu
(M104).
Situa-se a 28 milhões de anos luz do nosso sistema solar.
1 ano luz representa:
9.460.000.000.000 km
Deste modo esta galáxia está a: 194.880.000.000.000.000.000 kms da Terra.
Caramba! Definitivamente não vou discutir problemas passados há 2000 anos.
E não me importo que me desanquem pelo meu ateísmo.
Perante esta enormidade eu nem sequer existo!
A.M.
Subscrever:
Mensagens (Atom)