terça-feira, 2 de julho de 2019


A marcha atrás
 A declaração de voto é uma figura regimental usada no funcionamento das assembleias.
Recordo (como é bom podermos ainda ter recordações depois de passado que foi o nosso prazo de validade) o tempo em que o PS, sendo governo, criticava o PCP por rejeitar conjuntamente com o CDS um determinado diploma. Era um facto explorado nos media até ao tutano porque o PCP tinha votado ao lado da extrema-direita.
Acontece que a tal declaração de voto a que ninguém liga nenhuma serve para explicar as aparentes incongruências sobre o sentido do voto.
Não sei se no caso da aprovação da lei sobre a progressão na carreira dos professores, o PCP e o BE fizeram alguma declaração de voto, mas se não fizeram, deviam ter feito.
Acontece que talvez fazendo-o, não houvesse tanta confusão na cabeça dos simpatizantes dos dois quadrantes (esquerda e direita) que procuram explicar de forma retorcida este caso para tirarem dividendos políticos.
Os dois partidos à esquerda votaram a favor por coerência com a sua linha política, o PSD e o CDS votaram a favor para desconchavar a Geringonça.
Leio agora, que Rui Rio e Cristas ainda não levantaram o pé da embraiagem mas já meteram a marcha atrás.

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