No reino da especulação
Quando tinha tempo para ler jornais reparava que muitas
vezes, demasiadas vezes, os títulos das notícias não correspondiam ao seu
conteúdo. Como agora só tenho tempo para ler os títulos, o melhor é não os ler.
Mas aqui no "Face" tenho oportunidade de reparar
que a senda da especulação noticiosa continua fulgurante, procurando agarrar o
leitor/cliente, compondo títulos com cargas emotivas que falseiam o
acontecimento relatado.
Este é um dos exemplos:
Título da notícia no diário “Publico”: “Portugueses já consomem mais álcool do que os russos”.
Ora bem, aquele “já” encaixado à martelada transmite imediatamente a ideia que passámos a beber mais do que bebíamos e ultrapassámos os russos.
A verdade é que bebemos menos do que bebíamos (pouco menos, é certo) e os russos é que passaram a beber bastante menos.
Logo, um título honesto seria, por exemplo:
Os russos já consomem menos álcool do que os portugueses.
Agora, vou ali ao lado comprar umas cervejolas, que o meu stock está quase a zero, enquanto aguardo que apareça uma imagem que questione porque os portugueses bebem tanto.
Este é um dos exemplos:
Título da notícia no diário “Publico”: “Portugueses já consomem mais álcool do que os russos”.
Ora bem, aquele “já” encaixado à martelada transmite imediatamente a ideia que passámos a beber mais do que bebíamos e ultrapassámos os russos.
A verdade é que bebemos menos do que bebíamos (pouco menos, é certo) e os russos é que passaram a beber bastante menos.
Logo, um título honesto seria, por exemplo:
Os russos já consomem menos álcool do que os portugueses.
Agora, vou ali ao lado comprar umas cervejolas, que o meu stock está quase a zero, enquanto aguardo que apareça uma imagem que questione porque os portugueses bebem tanto.