Vamos celebrar o dia da verdade a 1 de Abril, pois é quando se mente menos, dado que nesse dia as mentiras são falsas.
Exemplificando: Se Passos Coelho nos tivesse informado que era um disparate “mexer” nas pensões no dia 1 de Abril, teria falado verdade.
Idem para todos os políticos e governantes que ao longo dos anos nos têm mentido descaradamente até chegarmos à situação em que nos encontramos.
Se depois de ser eleito, Passos Coelho tivesse afirmado:
- “Não me desculpo com a governação anterior a não ser que encontre contas erradas” -seria o silogismo perfeito.
Vem isto a propósito da declaração hoje divulgada, em que o PM se queixa do buraco nas contas que o seu Governo encontrou.
Se era admissível não estarem certas as contas, teria sido preferível não ter afirmado por diversas vezes não se desculpar com o Governo anterior.
Os Jornais também não nos ajudam a escrutinar a verdade.
O Diário de Notícias informa em título: «Passos diz que encontrou um "desvio colossal" nas contas.»
No seguimento da mesma notícia já se escreve: «o seu Governo encontrou um "desvio colossal em relação às metas estabelecidas" para as contas públicas.»
Parece lógico que interpretemos “ Desvio colossal em relação às metas estabelecidas” como a frase dita por Passos Coelho.
Qual a razão/objectivo de colocar no título “desvio colossal” nas contas?
Agora agradecia que me explicassem que “metas estabelecidas” são estas.
A.M.
Nota: os meus agradecimentos à WEHAVEKAOS pelos bonecos
2 comentários:
Sobre a mentira o mui consultado Deonísio da Silva refere-se a uns versos de Affonso Romano de Sant'Anna de que transcreve apenas alguns versos do fragmento 2:
"evidentemente a crer
nos que nos mentem
uma flor nasceu em Hiroshima
e em Auschwitz havia um circo permanente
Mentem como a careca
mente ao pente
mentem como a dentadura
mente ao dente".
Em http://www.rosangelaliberti.recantodasletras.com.br/blog.php?idb=11203
podem ler-se os 5 fragmentos.
"agradecia que me explicassem que “metas estabelecidas” são estas"
Nada como perguntar ao "defunto" ministro das finanças.
Ou dividir o OGE em duodécimos e ver qual a execução orçamental do saudoso governo à data do seu fenecimento.
Isto de estar para aqui sempre a fazer de advogado do diabo enquanto o Mata permanece comodamente instalado na cátedra da congregação dos santos, (silvas, pereiras, parreirais, etc.) já me vai cansando, mas... sabe tão bem!
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