Onde é que estavas no 25 de Abril, perguntava o jornalista ao entrevistado.
Todos sabiam! Todos se lembravam perfeitamente do que estavam a fazer naquele momento.
Eu, porque a memória ainda não me atraiçoou, a não ser em pequenas coisas como por exemplo esquecer-me de comprar as cenouras que a minha mulher me pediu logo de manhã, também me lembro muito bem que naquela altura estava a dormir. Tinha... que me levantar cedo porque o relógio de ponto daquela multinacional, registava diariamente todos os minutos de atraso e ao perfazer a bonita mas irregular soma de 7 horas e 33 minutos, deduzia automaticamente um dia de salário. Acho que só soube, quando esbaforido cheguei à fábrica. Eram precisamente sete horas e logo fui informado pelos meus amigos, que sofrem de insónias, do que tinha acontecido naquela noite.
Mas onde estava eu em 1920. Creio que uma parte estava num rapaz de 10 anos e outra numa miúda de 5 anos, que sem conhecerem o futuro, acabariam por se encontrar muito mais tarde e produzir a linda peça que eu sou.
Entretanto, nessa década, fugindo dos bolcheviques, Ayn Rand chegava aos Estados Unidos e além de outras atividades, como escritora e dramaturga, desenvolveu uma linha de pensamento filosófico que apelidou de objetivismo, e cujos pensamentos são hoje usados por toda a larga banda que cobre espetro político, para interpretar a seu favor as ideias expressas por Ayn Rand.
Uma delas é esta:
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”. Alguns dizem que ela falava com conhecimento de causa porque tinha fugido dos comunistas, outros dizem que ela tinha em mente o modelo capitalista de desenvolvimento do país que a acolheu.
Na verdade, passados que são cerca de 100 anos, eu, que tenho a mania de ser objetivo, gostava que me ajudassem a analisar este princípio produzido pela mesma autora:
“Todo o indivíduo tem direito de viver por amor a si próprio, sem se sacrificar pelos outros e sem esperar que os outros se sacrifiquem por ele”.
Está tudo explicado!
A prova está na sociedade atual!
Quem foi que disse que temos de ser mais solidários?
Todos sabiam! Todos se lembravam perfeitamente do que estavam a fazer naquele momento.
Eu, porque a memória ainda não me atraiçoou, a não ser em pequenas coisas como por exemplo esquecer-me de comprar as cenouras que a minha mulher me pediu logo de manhã, também me lembro muito bem que naquela altura estava a dormir. Tinha... que me levantar cedo porque o relógio de ponto daquela multinacional, registava diariamente todos os minutos de atraso e ao perfazer a bonita mas irregular soma de 7 horas e 33 minutos, deduzia automaticamente um dia de salário. Acho que só soube, quando esbaforido cheguei à fábrica. Eram precisamente sete horas e logo fui informado pelos meus amigos, que sofrem de insónias, do que tinha acontecido naquela noite.
Mas onde estava eu em 1920. Creio que uma parte estava num rapaz de 10 anos e outra numa miúda de 5 anos, que sem conhecerem o futuro, acabariam por se encontrar muito mais tarde e produzir a linda peça que eu sou.
Entretanto, nessa década, fugindo dos bolcheviques, Ayn Rand chegava aos Estados Unidos e além de outras atividades, como escritora e dramaturga, desenvolveu uma linha de pensamento filosófico que apelidou de objetivismo, e cujos pensamentos são hoje usados por toda a larga banda que cobre espetro político, para interpretar a seu favor as ideias expressas por Ayn Rand.
Uma delas é esta:
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”. Alguns dizem que ela falava com conhecimento de causa porque tinha fugido dos comunistas, outros dizem que ela tinha em mente o modelo capitalista de desenvolvimento do país que a acolheu.
Na verdade, passados que são cerca de 100 anos, eu, que tenho a mania de ser objetivo, gostava que me ajudassem a analisar este princípio produzido pela mesma autora:
“Todo o indivíduo tem direito de viver por amor a si próprio, sem se sacrificar pelos outros e sem esperar que os outros se sacrifiquem por ele”.
Está tudo explicado!
A prova está na sociedade atual!
Quem foi que disse que temos de ser mais solidários?