sábado, 28 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
DITADURA DEMOCRÁTICA
A coisa está
a ficar feia!
A contestação à política económica do Governo vai crescendo.
Todos os dias, nos são exigidos mais sacrifícios com o argumento de que temos que cumprir as metas estabelecidas para reduzir o défice do país. De um modo geral a povo anónimo paga a fatura. Para acalmar as hostes, os responsáveis aproveitam todos os ínfimos índices de recuperação que se vão conhecendo para nos vir consolar:
- Agora é que é! Estamos no bom caminho! Em 2015 já devolveremos 2% dos subsídios de férias e de natal e no ano seguinte talvez possamos subir a fasquia para os 2,5%.
O povoléu atónito, depois de ter sido ludibriado com a criação de 50 mil empregos do Sócrates, fica agora estupefacto por este governo ter criado algumas centenas de milhares de desempregados.
Seus burros! Vigaristas! Corruptos! Incompetentes! Traidores que se genufletem perante a barbárie saxónica! Vendem a pátria a retalho para amarrar esta e as próximas gerações a compromissos que impedirão a anunciada e celebrada convergência com os países do norte!
Escravos até ao fim, controlados por capatazes Miguelvasconcelistas a soldo dos donos deste mundo.
Criticar é a liberdade que temos… por enquanto.
Aproveitada pelo poder político para, devido a este facto único, afirmar que se vive em democracia – a liberdade, ainda não sancionada, de se criticar a governação.
A crítica feita aos políticos que nos têm governado, mesmo que feita com alguma violência, banalizou-se a tal ponto que serve de almofada ao poder para afirmar que vivemos em democracia, sempre que alguma voz se levanta contra a espoliação de direitos adquiridos, o aumento de impostos e dos produtos de primeira necessidade, a flexibilização dos despedimentos, a redução das indemnizações por despedimento, o corte nos salários, o aumento das taxas moderadoras na saúde, etc., etc.
Quando um partido político se candidata à governação do país, faz promessas que não cumpre ou que até, pelo contrário, retira direitos ao povo, quem lhe pede contas? E de que modo pode fazê-lo? O tipo de democracia representativa, no qual os eleitos do povo deviam zelar pelos interesses dos seus representados, é uma fraude! Porque não uma democracia direta?
- Ah! Isso não! Ficaria impedido de fazer aquilo em que estava a pensar quando me candidatei mas que não podia enunciar para poder ganhar as eleições.
Temos assim que vivemos em democracia porque podemos protestar e por vezes com alguma violência, mas vivemos em ditadura, porque somos esmagados por medidas que nos retiram direitos ao mesmo tempo que o poder e os seus principais apoiantes – o capital – mantêm e aumentam os seus privilégios, fazendo aumentar a cada dia que passa o fosso entre ricos e pobres.
Ainda hoje um jovem (creio que de 16 anos) foi condenado a prisão, embora com pena suspensa por ter pirateado 3 músicas na internet.
Tivesse ele, como alguns ricos condenados, uma empresa de advogados a trabalhar por sua conta, e o Ministério Público ainda viria a ser responsabilizado pela atribuição de uma indemnização aos ofendidos por danos morais e materiais.
Democracia?
É?
A.M.
A contestação à política económica do Governo vai crescendo.
Todos os dias, nos são exigidos mais sacrifícios com o argumento de que temos que cumprir as metas estabelecidas para reduzir o défice do país. De um modo geral a povo anónimo paga a fatura. Para acalmar as hostes, os responsáveis aproveitam todos os ínfimos índices de recuperação que se vão conhecendo para nos vir consolar:
- Agora é que é! Estamos no bom caminho! Em 2015 já devolveremos 2% dos subsídios de férias e de natal e no ano seguinte talvez possamos subir a fasquia para os 2,5%.
O povoléu atónito, depois de ter sido ludibriado com a criação de 50 mil empregos do Sócrates, fica agora estupefacto por este governo ter criado algumas centenas de milhares de desempregados.
Seus burros! Vigaristas! Corruptos! Incompetentes! Traidores que se genufletem perante a barbárie saxónica! Vendem a pátria a retalho para amarrar esta e as próximas gerações a compromissos que impedirão a anunciada e celebrada convergência com os países do norte!
Escravos até ao fim, controlados por capatazes Miguelvasconcelistas a soldo dos donos deste mundo.
Criticar é a liberdade que temos… por enquanto.
Aproveitada pelo poder político para, devido a este facto único, afirmar que se vive em democracia – a liberdade, ainda não sancionada, de se criticar a governação.
A crítica feita aos políticos que nos têm governado, mesmo que feita com alguma violência, banalizou-se a tal ponto que serve de almofada ao poder para afirmar que vivemos em democracia, sempre que alguma voz se levanta contra a espoliação de direitos adquiridos, o aumento de impostos e dos produtos de primeira necessidade, a flexibilização dos despedimentos, a redução das indemnizações por despedimento, o corte nos salários, o aumento das taxas moderadoras na saúde, etc., etc.
Quando um partido político se candidata à governação do país, faz promessas que não cumpre ou que até, pelo contrário, retira direitos ao povo, quem lhe pede contas? E de que modo pode fazê-lo? O tipo de democracia representativa, no qual os eleitos do povo deviam zelar pelos interesses dos seus representados, é uma fraude! Porque não uma democracia direta?
- Ah! Isso não! Ficaria impedido de fazer aquilo em que estava a pensar quando me candidatei mas que não podia enunciar para poder ganhar as eleições.
Temos assim que vivemos em democracia porque podemos protestar e por vezes com alguma violência, mas vivemos em ditadura, porque somos esmagados por medidas que nos retiram direitos ao mesmo tempo que o poder e os seus principais apoiantes – o capital – mantêm e aumentam os seus privilégios, fazendo aumentar a cada dia que passa o fosso entre ricos e pobres.
Ainda hoje um jovem (creio que de 16 anos) foi condenado a prisão, embora com pena suspensa por ter pirateado 3 músicas na internet.
Tivesse ele, como alguns ricos condenados, uma empresa de advogados a trabalhar por sua conta, e o Ministério Público ainda viria a ser responsabilizado pela atribuição de uma indemnização aos ofendidos por danos morais e materiais.
Democracia?
É?
A.M.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
A corda está prestes a rebentar
No tempo em que havia produtos tabelados, dos produtos alimentares às fazendas e das alpergatas aos medicamentos, os consumidores não estavam sujeitos às surpresas a que hoje em dia estão sujeitos, e que podem provocar colapsos fatais nos corações mais sensíveis.
Por mim, já me estou borrifando. Não porque me seja indiferente que as surpresas incidam sobre o meu rendimento familiar, mas porque gosto muito de estar vivo e, para isso, tive que inventar uma blindagem que me salvaguarde destes inopinados sobressaltos.
Que promessas eleitorais foram cumpridas pelos partidos que se têm alternado no poder? Porque continuam a enganar os portugueses? Se o problema era o défice, por que razão continua ele a aumentar. Se o PM promete não haver necessidade de mais austeridade porque lança constantemente novos ataques ao minguado bolso dos cidadãos indefesos?
Creio que o poder está convencido que a populaça (ó Pulido desculpa lá o plágio) é toda estúpida e ainda engole a promessa de que não vai haver mais impostos como se essa promessa significasse que o rendimento das famílias não iria ser agravado.
Quem ainda acredita que o novo imposto hoje lançado sobre o comércio de alimentos vai ser pago pelas empresas do ramo? Quem impedirá que elas, perante a imposição de uma nova taxa, não aumentem o preço dos produtos que fabricam e comercializam?
O falacioso argumento de que a livre concorrência beneficia o consumidor devia castigar severamente quem o alimenta e divulga.
Ora vejam lá se têm coragem de tabelar o preço do pão e das azeitonas!
Por mim, já me estou borrifando. Não porque me seja indiferente que as surpresas incidam sobre o meu rendimento familiar, mas porque gosto muito de estar vivo e, para isso, tive que inventar uma blindagem que me salvaguarde destes inopinados sobressaltos.
Que promessas eleitorais foram cumpridas pelos partidos que se têm alternado no poder? Porque continuam a enganar os portugueses? Se o problema era o défice, por que razão continua ele a aumentar. Se o PM promete não haver necessidade de mais austeridade porque lança constantemente novos ataques ao minguado bolso dos cidadãos indefesos?
Creio que o poder está convencido que a populaça (ó Pulido desculpa lá o plágio) é toda estúpida e ainda engole a promessa de que não vai haver mais impostos como se essa promessa significasse que o rendimento das famílias não iria ser agravado.
Quem ainda acredita que o novo imposto hoje lançado sobre o comércio de alimentos vai ser pago pelas empresas do ramo? Quem impedirá que elas, perante a imposição de uma nova taxa, não aumentem o preço dos produtos que fabricam e comercializam?
O falacioso argumento de que a livre concorrência beneficia o consumidor devia castigar severamente quem o alimenta e divulga.
Ora vejam lá se têm coragem de tabelar o preço do pão e das azeitonas!
A.M
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