domingo, 12 de novembro de 2017

Web Summit

Excluindo o OLIMPO, só o PANTEÃO NACIONAL para concluir tão importante evento

- Ó Joaninha, Cheira-me a couratos assados – diz o Almeida Garret.
- Deve ser alguém a celebrar o aniversário, que tolos! Comenta o João de Deus.
- Isto é obra do Paiva Couceiro. Tem a mania de atear incêndios por tudo e por nada – replica o Manuel de Arriaga.
- Por favor não me falem em assados, que fico “piurso” – retruca o Sidónio Pais.  *
- Nomearam-me para descobrir os ossos do Camões, mas como sabem eu não vejo nada, mas cheira-me a batatas fritas – diz o Guerra Junqueiro.
O Teófilo não diz nada. Ele nem queria estar ali. Nem sequer há uma biblioteca.
Vou dar uma palavrinha ao António para saber o que se passa – promete o Carmona.
- Grandes lambões, olhem como eles se regalam! – regouga o Aquilino.
- Em Washington é que devia ter ficado. Fui mesmo burro!- Lamenta-se o Humberto.
Que estranha forma de estar aqui – pranteia Amália. Obrigada, obrigada, obrigada.
Quão lírica eu era, quando disse:
“Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo”- declama Sophia apesar do barulho dos talheres.
Eusébio lamenta-se - Se estão a cozinhar, Deus queira que haja caril de camarão com ananás. Que saudades!
* Sidónio, por caminhos ínvios, soube que depois do seu trágico destino, a populaça cantava:
Se tu visses o que eu vi
Lá para os lados dos Marinhais
Uma mulher a assar castanhas
 No cu do Sidónio Pais.
… e vai daí, ficou traumatizado.
Ora, digo eu, hoje é dia de S. Martinho, as castanhas estão uma merda, compram-se hoje e amanhã já estão piladas, pelo que vale mais cozê-las do que assá-las… e não se esqueçam da erva doce.
Tá?