domingo, 24 de agosto de 2014

Reavivando a memória


Voltemos a 2013 quando o DN publicou um artigo sobre o estatuto remuneratório dos juízes do TC e diplomatas, quando o governo estava em plena campanha da convergência de salários e pensões dos trabalhadores privados e da função pública.
Volto a ler que os juízes auferem um subsídio de renda de casa de 750 euros, mesmo que tenham casa própria, e até, que no caso de um casal de juízes vivendo na mesma casa, cada um recebe o seu subsidiozinho, além de outras regalias como seja a de estarem isentos de descontos para a contribuição extraordinária de solidariedade (CES) que eles próprios aprovaram para os outros reformados. Leio, que até se aposentados por doença do foro psiquiátrico recebem a reforma por inteiro.

Ó Passos, pela alminha da tua avozinha, desconta, corta os salários e as pensões, aumenta os impostos e lança outros que a tua cabecinha sonhe enquanto estás de férias, ou que o teu vice te sussurre ao ouvido, mas não nos venhas adormecer com a justeza da convergência entre o setor público e privado e evita falar sobre uniformização de regalias.
Não te armes em Psêudolo!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Não produza, não!

Quem costuma ir às grandes superfícies fazer compras para os gastos da casa e tiver o cuidado de ver a origem do que mete no carrinho, por certo já reparou que as bananas são equatorianas, as cebolas espanholas, as batatas francesas, os melões são marroquinos, as maçãs italianas, as laranja africânderes. Os cogumelos chegam da Holanda, as romãs da Turquia, os Pimentos do Uganda, os mirtilos do Chile, as nêsperas da Guatemala, os espargos do Peru e até os alhos chegam da China.
Também importamos médicos de Cuba.
Agora, já não falta muito, vamos ter Hospitais mexicanos.
E depois venham para cá dizer à gente que o défice é porque gastamos mais do que produzimos.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Tática do "olha o passarinho"


Leio: “Universidades privadas com propinas em saldos. Privadas oferecem bolsas de mérito e procuram atrair alunos estrangeiros”

Oiço: Os reformados estrangeiros não precisam de pagar IRS em Portugal durante os seus primeiros 10 anos

“Desde o início de 2013, o Governo de Portugal permite a qualquer pessoa que queira estabelecer a sua residência fiscal habitual em Portugal, e que não tenha tido residência fiscal em Portugal nos últimos 5 anos, uma isenção fiscal pelo prazo de 10 anos, prazo esse que poderá ser prorrogado”. Mas onde é que eu já li isto?

Embotado pelos anos, os neurónios a finarem-se, como os cabelos da carola, onde já existe um “flyport” com bastante movimento, dei comigo a pensar (possivelmente com falhas graves) que não é preciso invadir os países a tiro e à bomba, basta criar dificuldades aos residentes naturais e facilitar a vida aos estrangeiros.

Sou reformado com 40 anos de descontos, nem a Badajoz fui comprar chocolates, todos os proventos do meu labor neste país foram canalizados para ter casa própria, e, todos os dias sou surpreendido com mudanças de escalão do IRS que me penalizam, com aumento do IMI que ultrapassa a renda de casa em que já morei e ainda com as malfadadas taxas moderadoras.  Dado que não previ esta situação quando estabeleci as minhas prioridades na vida e já não estando em idade de emendar a mão, sinto-me refém no meu próprio país.
Is to é apenas um desabafo.

Aviso: Se em vez de falarem, justificarem, desculparem ou explicarem os sucessivos desaires deste sistema, que montado num cavalo sem freio arrasa os mais elementares princípios da integridade, me vierem com a conversa de que ainda há muito socialismo no sistema ou que no tempo dos sovietes era muito pior, ou que o Chavez isto, o Putin e o Castro aquilo e até também a Dilma aqueloutro, prometo que não chamo nomes a ninguém porque sei que é a forma habitual que usam para esconder as doenças do sistema neoliberal.
Apenas vos vou mandar dar uma volta ao bilhar grande!