quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A VERDADEIRA LIBERDADE

A LIBERDADE sempre gerou dúvidas, porque condicionada pelas regras morais e éticas de uma determinada sociedade. Algumas pessoas falam da verdadeira LIBERDADE como se ela tivesse um único significado, claro e indiscutível, tal como têm arroz, feijão ou mandioca.

A limitação da LIBERDADE é correspondente ao número de proibições impostas por leis que tentam regular o comportamento humano em função de uma linha de conduta que se coadune com as tais regras morais e éticas.
Exemplificando:

A Bélgica vai votar a eutanásia em crianças. Aprovada que seja, deixa de ser crime abreviar a morte de uma criança e os seus defensores passam a ter a LIBERDADE de o fazer.
A Espanha continua a manter uma posição mais conservadora sobre o aborto do que a maioria dos países europeus, isto é, uns terão LIBERDADE de o praticar e a outros será proibido.

Por cá, alguns têm a LIBERDADE de comer um bom bife de vaca, mas parece que na Índia não a têm por motivos religiosos. Em Portugal também há quem não como um bife… tem efetivamente a LIBERDADE de o comprar, mas, quando muito fica-se pela carne de coser ou alguns ossos com tutano, o que vem a dar no mesmo.

Um patrão deve ter LIBERDADE de despedir um empregado sem invocar qualquer razão (segundo algumas opiniões), e o empregado? Tem ele a LIBERDADE de despedir o patrão?

Existe a LIBERDADE de associação, daí as associações patronais, que confabulam nas estratégias comuns a usar para aumentar os seus proventos, mas há quem entenda que as associações sindicais não deviam ter essa LIBERDADE para estabelecer uma estratégia defensiva.

Para algumas pessoas o Estado devia entregar tudo aos privados, cobrar-lhes poucos impostos, beneficiá-los com incentivos e perdões fiscais e a máxima LIBERDADE para colocarem os lucros em paraísos fiscais.

 e peço desculpa por não conseguir conter um desabafo que já ouvia ao meu avô:

- A LIBERDADE é uma folha de couve e veio um burro e comeu-a.
A.M.