sexta-feira, 17 de maio de 2013

Por São Jorge!

O nosso presidente resolveu (ou alguém por ele) que devia invocar todos os santos para nos salvar da catástrofe eminente que paira sobre a carola dos portugueses. Vai daí aproveitou o 13 de maio e zumba, vai de Nossa Senhora de Fátima, que só escrevo com letra maiúscula para não ofender os verdadeiros crentes, que ainda vão aos magotes, a pé e de joelhos, ao respetivo Santuário para pedirem um emprego que deveriam exigir aos responsáveis que nos desgovernam.
Foi ela, ninguém duvide, que alta madrugada em vésperas do dia 13 de Maio, introduziu sub-repticiamente na cabeça dos “troycanos” a decisão que levou sua excelência ao agradecimento a Nossa Senhora de Fátima.
Poderia Sua Excelência, depois das críticas à ridícula atitude, ser mais comedido ou, na impossibilidade de o conseguir por inépcia temporal, pedir ao seu conselheiro menos tolhido pelo reumático “cachimoniano”, que lhe fizesse uma cábula como, segundo dizem, era costume fazer ao presidente...
Costa e Silva nestas ocasiões, que não dependerá cromossomaticamente dos Silvas de Boliqueime… embora até pareça.
Para não descarrilar da via religiosa em que embarcou resolveu pedir boas notícias a S. Jorge, o qual a esta hora, depois de desmontar do cavalo e se deitar à sombra dum chaparro dá voltas ao miolo para satisfazer aquele pedido. S. Jorge era um guerreiro e nunca teve um chefe militar que depois de permitir o desmantelamento do seu exército, tivesse o descaramento de lhe pedir boas notícias. Porra! Assim não dá!
Talvez até Sua Excelência só conheça S. Jorge de espírito de orelha, ou por causa do dragão ferido pela lança do guerreiro. Saberá ele que S. Jorge era filho de uma palestiniana, oriundo da Capadócia ou que lhe deceparam a cabeça?
Para recordar aqui fica o Jorge da Capadócia de Caetano Veloso, que a última invocação do Sr. Presidente me sugeriu. Ao menos isso – Fica a música!

domingo, 12 de maio de 2013

Porcos voadores

Santana Castilho na sua crónica do dia 27 de março considera que aqueles, como ele próprio, entendem que as medidas tomadas pelo governo, com a ”austeroclofobia” de que está possuído, só poderá piorar os índices do défice, da dívida e do emprego, são os que não acreditam que os porcos podem voar.
Ou seja, António Fiúza, presidente do Gil Vicente, disse em 2011 que tinha visto um porco a andar de bicicleta e portanto, desde essa altura, esta faculdade deixou de ser um ineditismo porcino e foi preciso criar outro – O porco voador!
Eu sou dos incrédulos, tanto no aspeto ciclístico como no aeronáutico.
E não me venham, por favor, colocar nenhum porco a ser transportado na bagageira de uma bicicleta, ou no porão de uma aeronave! Esse truque não pega!
Estou em crer que os crédulos devem ter visto esses fenómenos na banda desenhada de alguma revista para as crianças.
Os porcos são sempre associados a quem faz porcarias, contudo dão umas bifanas porreiras, umas suculentas costeletas do cachaço e uns chouriços que fazem salivar qualquer anorético.
O mesmo não se pode dizer de outros seres que andam por aí fazendo porcarias e cuja carne nem para enchidos serve.
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sábado, 11 de maio de 2013

Dois pesos, duas medidas

                                                                                         5/4/2013


E ao ler hoje que um jovem saudita esfaqueou um amigo que acabou por ficar paraplégico foi condenado a sofrer a mesma pena (ficar paraplégico) se não conseguir pagar-lhe uma indemnização, pensei:
A Arábia Saudita é um país onde não há eleiç
ões, nem parlamento, nem partidos. O rei tem o poder absoluto e o sistema legal saudita para além da pena de morte decreta castigos deste tipo ou amputação de mãos ou pés, chicotadas, etc.. Detenções sem julgamento, milhares de presos políticos sujeitos a torturas são o quadro local e comum neste país.

Todavia… bem… todavia os Donos do Mundo “moram” neste país, são amigos da família real que sempre trataram com muito carinho, e, contudo, não exercem a mínima influência para tornar este país senão mais democrático, pelo menos mais respeitador dos direitos humanos.
Invadiram e provocaram o caos noutros países para estabelecer democracias e impor os direitos humanos, mas ali, onde se amesendaram por causa do ouro, que embora negro lhes dá muito jeito, não dizem nada, não fazem nada como se vivessem no paraíso e entretanto vão enviando, das bases que ali possuem, os “drones” que assassinam os indesejados nos países adjacentes.

É a hipocrisia elevada ao máximo expoente!


A "Magna Carta"

 
                                                                                 8/4/2013
Lentamente mas com firmeza instalou-se um vírus nos meios políticos deste país. Febre, cefaleias, alucinações e algumas vezes diarreia, são os sintomas. Não se prevê que apareça uma vacina nos tempos mais próximos.
Alguns doentes apresentam sinais muito g
raves de distúrbio mental.
Teme-se que a doença possa ser altamente contagiosa.  

Estas considerações vêm a propósito do chumbo constitucional do orçamento do estado e do alarido produzido nas hostes da coligação
governamental, imediatamente secundado pelos seus simpatizantes mais importantes mas também dos mais anónimos. Catroga diz que os juízes partiram de pressupostos errados e um cronista de que não menciono o nome porque vou almoçar daqui a pouco, afirma que os deputados de 1975 eram um bando de loucos furiosos porque permitiram que a Constituição contenha ainda hoje artigos que defendem a igualdade, para além da ignominiosa suspeita que lança sobre a capacidade dos mesmos.
Fico definitivamente esclarecido sobre o uso sistémico do termo “populaça” com que este autor se refere ao povo. Deve ser um nobre, ou um bispo inquisitorial, que olha para o cidadão comum como escumalha que só precisa de uma côdea para ter força para lhe engraxar as botas. É “populaça” que não tem o direito de incomodar com o seu cheiro o ambiente do Gambrinos! Igualdade?! Puff!

Tecnicamente não posso pronunciar-me sobre direito, seja ele civil ou constitucional, de que a populaça apenas sente os efeitos. Os eletrões é que fazem parte de algum do meu saber, pelo que se for necessário fazer uma cadeira elétrica contem comigo… nem que seja só para lhe aquecer aquele rabo gordo!

O Maduro

                                                                                                                        24/4/13
Todos falam sobre o número de vezes que Maduro repetiu a palavra consenso. 10 vezes? 20 vezes?
Não sei. Nessa mesma altura estava a digerir a maturidade de que ele também falou, mas que só utilizou três ou quatro vezes.
Pensei: será que este Maduro já at
ingiu o estado de maturação ou está ainda um pouco verde?
Não é que eu não goste do verde embora não seja do Sporting, ou de vinho verde Alvarinho (não confundir com Álvaro, cada vez mais esvaziado de funções), todavia prefiro um bom maduro que não podendo ser Barca d’Alva 2004 a anos-luz do meu poder económico pode ser Alecrim dos pacotes.
Entretanto leio algures que um outro Maduro, do lado de lá do atlântico, teve uma vitória eleitoral com sabor a derrota. Clico na tecla “reverse” e lá para trás encontro alguns casos, o mais flagrante dos quais é a vitória eleitoral de um Bush qualquer que foi eleito com menos votos do que o seu opositor, sem que, por esse motivo alguém se tenha referido a paladares de derrota.
De qualquer modo consegui lobrigar que a maturidade a que se referia o nosso maduro, tinha a ver com o prolongamento (palavra muito mais acessível ao comum dos mortais desta nossa terra) para saldar a nossa dívida aos nossos credores que amável mas usurariamente nos vão emprestando o seu dinheiro, que, é bom não esquecer, é apenas papel sem o conveniente suporte.
E, perante esta confusão de ideias, eu, que sou meio maluco e não tiro medidas às palavras (vou tentar fazê-lo) fico a pensar, perante a a miserável involução em que nos encontramos, se não seria preferível trocar de Maduros.


Europa




Recolho e sublinho estas palavras de uma mulher que certamente teria evitado a 2ª Grande Guerra se fosse chanceler em 1939. Teria conseguido dominá-la como o introdutor da saudação romana na Alemanha, sem dar um tiro.
"Temos de estar preparados para aceitar que a Europa tem a palavra..."- disse.
 
Procurei entrar em contato com a Europa. Não a encontrei nas páginas amarelas, nenhuma referência no Facebook ou no Twiter. Talvez alguém da sua família soubesse do seu paradeiro. Consegui chegar à fala com Radamanto, que me recomendou ir a Tebas procurá-la. Ali, por mero acaso encontrei Zeus numa discoteca, já com uns copos no bucho, que com voz entaramelada, me contou que não tinha nada a ver com ela, e os seus inimigos políticos é que tinham inventado a história do rapto. - Eu, que sempre fui fiel a Hera! – Desabafou.
Fiz ainda mais algumas diligências, mas nada! Não havia o mínimo vestígio da Europa.
Existe uma corrente de opinião que entende ser ela que pariu o Euro. Conceberem-se filhos em idade tão avançada traz sempre alguns perigos e o Euro, coitadito, tem os dias contados.
O Escudo, malandro, já está de atalaia. Encanecido pela idade e pelas tormentas que enfrentou ainda se considera capaz de regressar às nossas carteiras.
“Reza-te a sina nas linhas traçadas na palma da mão
Que tens que dar 25 tostões por cada limão.