domingo, 18 de dezembro de 2011

Assoai-vos a este guardanapo

Quando, a medo, algum moderador, chama a atenção aos economistas entrevistados para os chorudos ordenados e mais subsídios e benesses atribuídos aos políticos deste paupérrimo país, logo ouvimos a lengalenga do costume: Isso é uma gota de água no oceano da nossa dívida pública e não contribuiria absolutamente nada para equilibrar as finanças do país. Disseram-no há muito pouco tempo o catastrófico Medina Carreira e o bem-humorado Miguel Belezas. Estas sábias opiniões conduzem pacificamente o rebanho para o redil da conformação onde, no remanso da noite, resolvem poupar mais no pão, no leite e nas batatas, para salvar o país do afundanço final.
Quando oiço estas opiniões costumo pensar: Não resolveria mas moralizaria com toda a certeza. Penso… apenas, mas não falo; pode estar alguém a ouvir que logo responderá: - O que tu tens é inveja! O que, não me irritando, porque sou um tipo cheio de santa paciência, me obriga a perder o meu rico tempo com explicações que eu estou a ver sair pelo ouvido do outro lado.´
Ná, o melhor mesmo é o exemplo figurado do que se passa a este nível noutros países.
Estamos habituados a ver os políticos fazer comparações com o que se passa noutros países, que escolhem cuidadosamente, para implementar medidas gravosas sobre a populaça (como eu gosto deste termo!?). Ele foi sobre a despenalização do aborto, sobre o alargamento da idade da reforma, sobre o preço da saúde, o aumento do tempo de trabalho diário, a carga fiscal, etc., etc.
Penso que também tenho o direito d ir buscar um exemplo que os nossos políticos não conhecem ou, conhecendo, escamoteiam, ignoram ou desvalorizam.   
Não sentem uma pontinha de vergonha? Um piquinho dela que seja?
Desalmadas amebas!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

E o abismo ali tão perto!

Em 18 de Junho de 1452 uma bula papal dirigida ao rei Afonso V pelo Papa Nicolau afirmava: "(...) nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades (...) e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão, e apropriar e converter em seu uso e proveito e de seus sucessores, os reis de Portugal, em perpétuo, os supramencionados reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades, possessões e bens semelhantes (...)." Hoje, sem bulas,


papais ou de outra ordem qualquer, existem ”reinos” que invadem, buscam, capturam e subjugam populações inteiras reduzindo-as a uma perpétua miséria através do “missal” dos usurários. É a ditadura do capital em toda a sua plenitude!
Enquanto se considerar que a democracia é apenas poder-se criticar e contestar sem provocar a ordem pública a caminhada para o abismo prosseguirá, cada dia com o passo mais apressado.
A.M.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Não fomos nós que descobrimos o Brasil?


Alguem já perguntou ao Clinton se ele fala português?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Homenagem

As Forças Armadas Portuguesas têm sido alvo de muitas críticas.Poderiam e deveriam ser críticas construtivas no sentido de melhorar e rentabilizar o seu funcionamento, particularmente em tempos de paz, já que quando necessitam dela para andar aos tiros é suportada e até elogiada pela sua eficácia e empenhamento nas missões que lhe são confiadas.
No tempo dos fogos, alguns maldizentes militantes, ouvi eu, que até já estou a ficar mouco, que os tropas deviam ir combatê-los em vez de ficar a dormir nos quartéis. Sou da mesma opinião, quanto de forma planeada e organizada se formarem sapadores bombeiros no interior das forças armadas. Caso contrário corre-se o risco de acontecer o mesmo que em 1966 na Serra de Sintra onde morreram 25 militares do Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, sedeado em Queluz, enviados, sem a devida preparação e desenquadrados do comando operacional do combate àquele incêndio.
A memória é curta para muita gente que cega pelo desejo de se evidenciar semeia opiniões sem cuidar da sua exequibilidade, algumas vezes desconsiderando e ofendendo os agentes envolvidos, no caso em apreço – os militares.
Não acredito que o destino de cada um esteja determinado por qualquer vidente omnipotente, e portanto também não creio que qualquer maldição que eu lance sobre alguém se concretize.
Mas ao saber do drama de Caxinas e de quem contribuiu para resgatar da morte todos os pescadores naufragados há 3 dias, só me apetece rogar uma praga:
Que qualquer desses críticos se veja perdido no mar com o barco metendo água belas brechas do casco, quando já não houver uma esquadra 751 que fazendo jus ao seu lema “Para que outros vivam”, os vá salvar!
Como vingança, amanhã quando for beber a bica e passar pelo contentor do lixo, vou desfazer-me do “Equador”.
A.M